| 04/03/2009 15h08min
Dentro de campo, o Vasco tem conseguido bons resultados. Em nove partidas na temporada, o time conquistou seis vitórias, dois empates e só tem uma derrota, o que significa um aproveitamento de 74%. O time parece ter recuperado o respeito dos adversários. Mas fora dele, os problemas parecem não ter fim. Os salários estão atrasados e geram desconfiança. Mas o técnico Dorival Júnior veio a público nesta quarta-feira dar um voto de confiança à diretoria. Ele espera que os problemas sejam resolvidos logo, como foi prometido, segundo o GloboEsporte.com.
O que mais preocupa o treinador é a questão salarial. O medo é que o trabalho seja perdido se o clube não honrar os compromissos. O Vasco espera fechar logo o patrocínio com a Eletrobrás, mas tenta empréstimos para quitar as dívidas. Por enquanto, Dorival Júnior vem conseguindo fazer que o problema não atrapalhe o grupo. Mas já pediu um esforço extra dos dirigentes.
– A diretoria está lutando intensamente para resolver tudo. Estamos com problemas, sim, como todos os outros clubes. Mas nada que impeça a sequência do trabalho de uma maneira natural. Posso assegurar que os jogadores estão se empenhando ao máximo e dando de tudo em prol do clube. Os jogadores estão acreditando em tudo o que foi falado pela diretoria, tem trabalhado duro, mostrado dedicação – disse o treinador, que não tem medo de que as promessas não sejam cumpridas.
– Prefiro acreditar até o último instante nas pessoas e continuar o trabalho. O Vasco vai dar a volta por cima. É uma questão de tempo – garantiu.
Dorival Júnior garantiu que não houve, em momento algum, uma ameaça de greve dos jogadores na semana passada. Mas o treinador admitiu que fez um pedido aos dirigentes ao aceitar a proposta do Vasco no início do ano, que até agora não vem sendo cumprido.
– Fiz um único pedido à diretoria do Vasco. Me preocupei com os valores que poderíamos gastar para contratar para não termos problemas no futuro. Foi passado um valor e trabalhamos em cima dele. Ficou acordado que o clube iria trabalhar dentro das suas possibilidades. Se não poderíamos contar com o jogador top, ficou acertado que iríamos contar com o 12º da lista, mas teríamos a condição de pagar em dia. Salário é uma obrigação. Montamos a equipe dentro das nossas condições – disse.
Enquanto os salários não saem outras medidas foram tomadas. Os jornalistas foram deslocados e não podem mais ficar em frente ao vestiário do Vasco Barra. A área, de livre acesso desde que o clube alugou o centro de treinamento há sete anos, passou a ser restrita apenas para pessoas do departamento de futebol.