A falta de gols não assusta Nilmar. Nem a impaciência da torcida com as atuações insatisfatórias da equipe. As cobranças, entende o atacante, se justificam pela qualidade do grupo. Nilmar vê semelhanças com o ocorrido em 2008. Lembra que somente com a conquista do título da Copa Sul-Americana, em dezembro, o time passou a ser respeitado.

— Início de temporada é sempre assim, todos os times demoram para alcançar o equilíbrio. No ano passado, só fomos encaixar mesmo no final da temporada — recorda.

As chances desperdiçadas contra a Ulbra são atribuídas por ele à atuação do goleiro André. Nilmar, que marcou só três gols na temporada, cinco a menos do que Taison, considera uma evolução o fato de o time ter criado domingo um grande número de oportunidades.

— Pior, mesmo, é quando não surge nenhuma chance de marcar. Foi assim contra o União, no Mato Grosso — afirmou.

Nilmar garante que não perde o sono quando a bola não entra. Sorri ao lembrar que a cada três dias “tem jogo de novo”.

O técnico Tite saiu em defesa dos jogadores. Valorizou a seriedade com que todos encararam a partida. Fez elogios a D’Alessandro, que evitou reclamar da arbitragem mesmo nas faltas mais duras.

Enfático, ele rejeitou a tese de que basta vencer para que as críticas desapareçam.

— Vitórias têm que ser resultados de desempenho. De outra forma, é caminho errado. Não fico dizendo que o que importa é o resultado. Antes, deve estar o desempenho — ressaltou.