| 23/03/2003 19h52min
O Figueirense é bicampeão estadual. O alvinegro do Estreito conquistou o título do Campeoanto Catarinense de 2003 neste domingo, dia 23, ao vencer por 2 a 1 o Caxias. Com a vitória no tempo normal, o Figueira levou a decisão para a prorrogação, garantindo o troféu ao empatar sem gols no período. Régis abriu o placar para o Caxias, mas Luciano Sorriso e Danilo viraram o jogo. A partida foi disputada no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
O alvinegro de Florianópolis teve muitas dificuldades para chegar à vitória e ao título. Os primeiros problemas surgiram dentro da própria equipe. Sem inspiração, os donos da casa padeceram de falta de criatividade durante boa parte do confronto.
Os meias responsáveis pela armação, Bilu e Danilo, não estavam em um bom dia, perderam muitas chances valiosas e abusaram das jogadas individuais. O Caxias, ao contrário, estava bem armado, mas com uma proposta bem clara.
Favorecido pelo empate, o time de Joinville se preocupou em não se expor. Para isso, congestionou o meio-de-campo e armou uma retranca intransponível na entrada da área. Se pelo meio estava difícil, pelas laterais o Figueira também não apresentava a qualidade necessária para chegar ao gol. Teve que se contentar com os chutes de fora da área.
Aos poucos, o Caxias foi se soltando e, apesar de ter menos posse de bola, teve as melhores oportunidades, em contra-ataque. Assim, foi mais uma vez comprovada a excelência de Édson Bastos, que fez grandes defesas, algumas à queima-roupa, em chutes de Fernandinho e Aldrovani.
Somente no fim da etapa que o time da casa apareceu. Jocimar perdeu na cara do gol e Felipe chutou forte no ângulo, para defesa de Alencar. Na segunda etapa, o Caxias surpreendeu logo no início. Aos cinco minutos, Duda cobrou falta para a área e Régis apareceu sozinho, em falha inacreditável da defesa, para cabecear e marcar.
O Figueirense se abriu mais e se tornou mais vulnerável ainda. Mas, por um destes lances fortuitos, empatou. Aos 20 minutos, Luciano Sorriso aproveitou uma sobra e fuzilou no ângulo. O estádio virou um caldeirão com a pressão da torcida e da equipe.
Aos 38 minutos, veio o castigo para o Caxias, que pretendia se defender e gastar o tempo por 90 minutos, mas não conseguiu. Márcio Goiano cabeceou e a bola bateu na mão de Oliveira. Pênalti, que Danilo cobrou com categoria e definiu, aos 39.
Na prorrogação, a situação se inverteu. O Caxias, desesperado, passou a atacar em busca do gol do título, mas faltava perna. O Figueira passou a esperar o contra-ataque e poderia ter ampliado se não fosse o individualismo de seus jogadores.
Fernandinho chegou a ter o lance do jogo no pé, ao explodir no travessão a bola que daria a vitória. Além do troféu, o Caxias perdeu a invencibilidade no campeonato.
Com informações do Diário Catarinense.