| 13/02/2009 17h06min
Se o Rio de Janeiro for eleito para sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a cidade poderá ganhar um novo autódromo. De acordo com o projeto, apresentado nesta sexta pelo Comitê de Candidatura do Rio de Janeiro, o atual circuito, localizado em Jacarepaguá, dará lugar ao Centro Olímpico de Treinamento em caso da realização do evento na cidade.
De acordo com Ricardo Leyser, secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento, algumas soluções já foram apresentadas à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). O novo autódromo poderá ficar em Deodoro, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, e custará R$ 100 milhões, com o compromisso de R$ 60 milhões virem da Prefeitura. O restante ficaria a cargo do governo federal ou da iniciativa privada.
– Nós tivemos uma troca de direção, então precisamos conversar novamente com a Confederação. Já apresentamos algumas sugestões e uma delas seria em Deodoro, perto de onde será o espaço radical, que também será construído para 2016 – disse Leyser.
Cleyton Pinteiro, presidente eleito da CBA e que será empossado no próximo dia 16 de março, diz que existe um acordo, firmado na Justiça entre a confederação, a Prefeitura do Rio de Janeiro, o Ministério dos Esportes e o COB. Com ele, Jacarepaguá só seria desativado quando um novo autódromo estiver pronto na cidade.
– Ainda não existe um projeto concreto para o novo circuito. Apenas houve um estudo das áreas possíveis no Rio de Janeiro e foi escolhido um terreno em Deodoro. Então, o Ministério da Defesa, dono da área, foi contatado para liberá-la. Se o Rio ganhar a concorrência para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, um autódromo será construído na cidade. Só assim Jacarepaguá poderá ser desativado. Só quando o novo estiver pronto, o atual poderá ser mexido – afirma Cleyton.
No entanto, mesmo se os Jogos Olímpicos de 2016 não vierem para o Rio de Janeiro, Jacarepaguá não tem garantias de continuar funcionando. De acordo com Ricardo Leyser, seria impossível por causa de problemas de logística e o alto nível de ruído causado pelos carros.
– A questão é que a área de viabilização de Jacarepaguá é cada vez menor, já que está se tornando um lugar cada vez mais residencial – explicou o secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento, segundo o site Globoesporte.com.
O presidente eleito da CBA torce para que o autódromo de Jacarepaguá continue funcionando. Segundo Cleyton Pinteiro, o local faz parte da história do automobilismo brasileiro.
– Jacarepaguá recebeu muitos GPs do Brasil de Fórmula-1. Se os Jogos Olímpicos não vierem para o Rio de Janeiro, vou me entrincheirar na porta do autódromo de Jacarepaguá para que ele seja preservado.