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 | 10/01/2009 21h51min

Bola Dividida | Mário Marcos de Souza: Big George chega aos 60 anos

Um dos ídolos da melhor época do boxe, aquela dos pesos pesados estilo Muhammad Ali (D, de pé), chegou aos 60 anos de idade neste sábado. George Foreman (E, caído depois do soco de Ali), tão forte que era chamado Big George, empresário bem-sucedido depois da aposentadoria (é o homem dos grills), lutou até os 45 anos. A luta clássica da foto, disputada no Zaire na volta de Ali, tem parte destacada em seu livro Deus no meu Córner. Ele diz que em certo momento pensou que estava drogado. Não estava. Eram os socos e a dança de Ali.

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SALA DE LEITURA

(...) Até a década de 1990, grande parte da elite social da Inglaterra tratava o futebol com desdém. Antes de Rupert Murdoch tentar adquirir o Manchester United, ficou famoso o rótulo que seu jornal Sunday Times atribuía ao futebol: “um esporte de favela praticado por favelados”. A primeira-ministra britânica Margareth Tratcher, principal defensora dos supostos valores da classe média, exibia mais do que ninguém o seu desprezo. Kenneth Clark, amigo íntimo da Dama de Ferro, disse que ela “via os torcedores de futebol como inimigos internos”. Durante grande parte de seu mandato, ela demonstrou abertamente o desejo de declarar guerra aos hooligans. E em 1989 seu governo teve o pretexto ideal para agir: no Estádio Hillsborough, em Sheffield, 95 torcedores que assistiram à partida entre o Liverpool e o Nottingham Forest foram asfixiados contra as cercas das arquibancadas superlotadas que ocupavam. Em resposta a esta carnificina, uma comissão governamental exigiu que os estádios transformassem as arquibancadas, nas quais os torcedores eram obrigados a ficar em pé, em assentos, como os de um teatro. O policiamento dos estádios enfim se tornaria um assunto sério, com câmeras de vídeo registrando todas as brigas e hinos. As novas exigências transformaram a economia do esporte. Para financiar a reconstrução de seus estádios, os antigos proprietários, na maioria pequenos empresários que se fizeram por conta própria, importaram montanhas de capital novo. Grande parte dele veio de espertos investidores urbanos que percebiam que o futebol tinha um mercado cativo gigante (...)

No livro Como o futebol explica o mundo, Franklin Foer analisa a influência do esporte e explica por que o velho torcedor está cada vez mais distante dos estádios. Ele fala da Inglaterra no trecho acima, mas é como se falasse Brasil.

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2014

Porto Alegre não vai precisar esperar muito. Na última semana deste mês, uma comissão da Fifa chega ao Brasil para visitar as 18 cidades brasileiras que disputam o direito de sediar jogos da Copa de 2014 – uma delas, Porto Alegre. Talvez não consigam viajar tanto, mas este é o objetivo. Em março, sem dada confirmada ainda, a Fifa divulga o nome das 12 cidades escolhidas – e Porto Alegre espera estar entre elas, claro.

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A propósito

Os gaúchos não precisam ficar preocupados. Fonte bem informada garante que cinco das 18 cidades candidatas já estão definidas: Brasília, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre. Das outras 13, portanto, sairão as sete que completarão as 12 sedes.

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Pertinhos

Não deixe de ler o texto do repórter Diogo Olivier sobre a convivência pacífica da dupla Gre-Nal em Bento Gonçalves. Muitos confundem rivalidade com confronto, mas não é assim. Torcedores rivais podem e devem conviver em paz. Assim como os clubes, que estão ampliando lado a lado sua rede de lojas no país.

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Você viu?

Em 2008, o mundo assistiu a um total de 1.060 jogos disputados por homens e 364 por mulheres, de acordo com a Fifa. Das 208 associações filiadas, 196 tiveram seleções jogando ao menos uma partida. O recorde de jogos está em 1.065, em 2004.

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KANOUTÉ, atacante do Sevilla, punido por ter mostrado uma camisa com frase de apoio à Palestina, depois de um gol: "Isso é algo que eu tinha de fazer. Não me importo com a punição"

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