| 23/10/2008 10h57min
O auxiliar-técnico da seleção brasileira de futsal, Marcos Sorato, o Pipoca, 38 anos, conquistou seu espaço na comissão técnica com o título mundial obtido no último domingo. Após atuar 15 anos nas quadras da Espanha, Pipoca foi peça-chave para o trabalho desenvolvido pelo técnico Paulo Cesar de Oliveira.
PC conheceu o auxiliar-técnico numa das raras participações de Pipoca na Liga Nacional, quando atuava pela Ulbra. Há três anos e meio, a dupla voltou a se encontrar com a missão de recuperar a hegemonia do futsal, sob o domínio da Espanha, nos dois últimos mundiais. A dobradinha deu certo e contabilizou, nesse período, 120 jogos, com 116 vitórias, uma derrota e três empates.
Com a experiência de 13 temporadas como jogador e outros três anos como técnico em quadras espanholas, Pipoca pôs em prática os seus conhecimentos. Além de fazer o elo entre jogadores e comissão técnica, o auxiliar ensaiava as jogadas de bola parada. Foi dele a dica para o goleiro
Franklin garantir o título na decisão
por pênaltis.
— Os jogadores costumam bater o pênalti no lado de maior segurança, porque na hora da pressão é difícil virar o pé (e mudar a direção do chute) — contou Pipoca, que, ao final da decisão, foi abraçado pelo goleiro.
Para o auxiliar-técnico, a maior virtude da equipe foi entender que o coletivo teria que predominar sobre o individual, em detrimento ao espetáculo.
— Perdemos os dois últimos mundiais porque não tínhamos conjunto. No Mundial de futsal só há espaço para competir e o grupo entendeu isso — relatou.
O futuro de Pipoca ainda é incerto, após o final do ano. Ele recebeu propostas da Rússia e Japão, mas a intenção é ficar em Criciúma, e continuar como técnico da seleção sub-20 masculino e da seleção brasileira feminina.
— Não era muito conhecido na Confederação, mas agora eles já sabem quem é o Pipoca, o que é importante para o futuro — completou o auxiliar, que viaja, nesta quinta-feira, para
Goiânia, para dois amistosos dos campeões do mundo contra a
Eslovênia.
Técnico PC Oliveira e auxiliar Pipoca (à direita) na disputa da Copa do Mundo
Foto:
Beto Costa, divulgação