| 11/10/2008 01h
Visivelmente abatido depois da derrota para o Avaí, por 3 a 0, o técnico Paulo Campos confessou que não esperava um placar tão dilatado na partida disputada na Ressacada, na noite desta sexta-feira, pela 30ª rodada da Série B do Brasileirão. Para ele, o gol sofrido logo aos 5 minutos de jogo estragou os planos do Criciúma. No lance pela esquerda, Arlindo Maracanã foi certeiro no seu cruzamento e colocou a bola na medida para Evando cabecear e inaugurar o marcador.
— Eu não esperava, de maneira nenhuma, perder para o Avaí hoje (sexta-feira) por 3 a 0. Se o Avaí tivesse feito gols pela superioridade durante a partida, eu teria que aplaudir. Mas ter sofrido gol aos 5 minutos foi uma ducha de água fria
em tudo o que a gente tinha planejado. E aquele
pênalti, da maneira como aconteceu, nos deixou sem ter o que falar — disse o treinador, referindo-se ao fato de o atacante William ter cobrado uma penalidade três vezes até o segundo gol azurra ser validado pelo árbitro Leonardo Gaciba.
No primeiro chute do atacante, o goleiro Vinícius se adiantou e teve a defesa anulada. Na segunda tentativa, gol para o Leão da Ilha, mas o árbitro novamente mandou retornar, indicando que Evando teria invadido. Na terceira cobrança, enfim, William ampliou o placar: bola para um lado, goleiro para o outro e vantagem de dois gols para o Avaí.
Ao final da primeira etapa, os jogadores do Tigre deixaram o campo revoltados. No vestiário, Paulo Campos tentou motivar a equipe para a reabilitação na etapa final.
— No intervalo, tivemos que buscar força para a reação da equipe. A esperança era, até o início do segundo tempo, fazer um gol para dificultar mais. Porém, com o terceiro deles (anotado por Arlindo
Maracanã) e, logo depois, com a
expulsão (de Canindé, aos 14 minutos) tudo ficou difícil — declarou o treinador.
O resultado em Florianópolis deixou o Criciúma beirando a zona de rebaixamento. O Tigre está na 16ª posição da tabela, com 33 pontos — a apenas um da degola. Mesmo assim, o técnico tricolor não esqueceu de elogiar a garra de seus comandados.
— Eles foram lutadores, não pararam, lutaram até o final. Tivemos até três oportunidades que poderiam complicar o jogo. A confiança continua alta — finalizou o Paulo Campos.