| 22/09/2008 03h45min
Inconformada com a atuação do mineiro Alício Pena Júnior no empate de 0 a 0 de ontem diante do Atlético-PR, a direção do Grêmio desencadeou, ainda na Arena, campanha pela escalação de árbitro gaúcho no Gre-Nal de domingo, no Beira-Rio.
O diretor de futebol, André Krieger, considerou “trágica” a atuação de Pena Júnior ao não assinalar pênalti sobre Soares, aos 43 minutos do segundo tempo. Atribuiu a atuação do árbitro, da Fifa, à pressão exercida pela imprensa de Rio e São Paulo.
— A campanha nacional de condicionamento da arbitragem contra o líder começa a surtir efeito. Estamos atentos. Vamos fazer um protesto formal — anunciou Krieger.
Perguntado sobre a conveniência da escolha de um árbitro gaúcho para o clássico, o dirigente fez elogios a Carlos Simon, Leonardo Gaciba e a Leandro Vuaden.
— Seria recomendável que o jogo contasse com a melhor arbitragem do Brasil. Os gaúchos já conhecem bem um Gre-Nal — disse
Krieger.
O sucesso no clássico virou
obrigação para o Grêmio. Há três jogos sem vencer no Brasileirão, o time viu reduzida para um ponto a distância que o separa do Palmeiras.
Após o empate na Arena, o técnico Celso Roth admitiu que a vitória não pode mais ser adiada. A última ocorreu no dia 31 de agosto, por 2 a 1, sobre o Vasco, no Olímpico.
— Não temos outra saída a não ser encaminhar um bom resultado mesmo que seja no clássico de domingo — disse o técnico.
Depois de fazer demorados elogios a Soares e ao uruguaio Morales, que entraram durante o segundo tempo em substituição a Perea e a Marcel, Roth não descarta utilizar no clássico um time com características mais ofensivas do que o habitual:
— Posso até juntar todos eles.
Os três titulares pendurados com dois cartões amarelos, Víctor, Tcheco e Rafael Carioca, estão garantidos.
Willian Magrão, em fase final de recuperação, tem chances de voltar. Pereira, com lesão
muscular na coxa direita, ainda não tem previsão de retorno ao time.