| 20/09/2008 04h34min
A torcida do Grêmio contará com 800 lugares a menos do que o previsto amanhã na Arena da Baixada do Atlético-PR, em Curitiba. As causas da diminuição do espaço provocam divergências entre as duas direções.
Para o Grêmio, a culpa da redução é da direção do Atlético-PR. O clube alega não ter recebido os 2,3 mil ingressos (10% da capacidade da Arena), condição prevista pelo artigo 73 do regulamento do Brasileirão. Segundo o diretor-administrativo, Luís Moreira, foram liberados apenas 1,5 mil, sendo que os últimos 500 somente ontem.
João Souza, diretor de relacionamento do Atlético-PR, concorda que o Grêmio tinha direito a 2,3 mil ingressos. Alega, contudo, que deveria tê-los adquirido até quarta-feira, três dias úteis antes da partida.
– Eles só compraram mil, com a intenção de revendê-los aos sócios. Como não procuraram o restante, vendemos para nossa própria torcida – diz Souza.
Moreira rebate. Sustenta que o Grêmio apressou-se em
comprar a cota de mil porque o Atlético-PR se
recusava a vender ingressos aos gremistas residentes na região de Curitiba.
– O regulamento diz que o clube mandante está obrigado a reservar os 10%. Não importa se serão comprados ou não – afirma o dirigente gremista.
Os mil ingressos que chegaram ao Olímpico se esgotaram rapidamente na tarde de quarta-feira.
Para atender à demanda de gremistas residentes em Curitiba, o Grêmio encarregou o cônsul da região, Thiago Colosio, de obter pelo menos mais 500 junto ao Atlético-PR.
Médico, Colosio, 31 anos, suou para cumprir sua missão. Cancelou um compromisso social em Cascavel, norte do Paraná, e viajou na madrugada de ontem para Curitiba. Como o ônibus quebrou durante a viagem, só conseguiu chegar à capital paranaense por volta de 8h.
Da rodoviária, rumou direto para a Arena, comprou 500 arquibancadas e levou-as até o Bar Roxinho, local freqüentado por gremistas de Curitiba em dias de jogos do time do técnico Celso
Roth.