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 | 06/09/2008 04h12min

Apontado como novo líder o zagueiro Álvaro estréia neste sábado

Inter joga contra a Portuguesa às 18h20min, no Beira-Rio

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Álvaro, o mais novo titular do Inter, não é de sorrir. Fala grosso e usa frases de efeito — embora não pareçam saídas de livro de auto-ajuda. Em 11 anos como profissional, o zagueiro só não foi capitão no São Paulo de Rogério Ceni.

Talvez por isso já fosse apontado como o candidato à sucessão de Fernandão como líder do grupo antes mesmo de jogar pelo clube, o que acontece hoje. Às 18h20min, ele será uma das novidades do time para enfrentar a Portuguesa, no Beira-Rio.

— Álvaro, Edinho, Magrão e Clemer são, hoje, nossas principais lideranças no grupo — atesta o vice de futebol, Giovanni Luigi.

O zagueirão de 28 anos sempre foi de comandar. Quando se transferiu para o Las Palmas, em 2000, levou só o tempo de ganhar fluência no espanhol para assumir a braçadeira. Fez o mesmo no Zaragoza e no Levante.

Amigo de Fernandão, com quem freqüentou seleções brasileiras de base e com quem jogou no Goiás, em 1999, Álvaro vai aos poucos mostrando sua personalidade no Beira-Rio. Nos bastidores, dirigentes apostam que em breve assumirá como capitão também no Inter.

Por coincidência, na quinta-feira pela manhã conversou por telefone com Fernandão. Horas depois, Tite o escalaria no lugar de Bolívar no treino fechado. A justificativa é de que facilita o fato de ele jogar pela esquerda, enquanto o antigo titular é mais eficiente pela direita.

Álvaro evita entrar em detalhes sobre a conversa. Limita-se a dizer que os dois falaram sobre a vida no Exterior e que o amigo lhe contou sobre os preparativos da chegada da mulher e dos dois filhos a Doha, no Catar. Desde a saída de Fernandão, em 14 de junho, o clube perdeu a referência no vestiário.

O atacante era quem cobrava de salários à aplicação em campo. Interferia até na organização do vestiário. Quando um novato esquecia ou jogava algum material no chão, ele intervinha. Com sutileza, o alertava de que estava errado e deveria guardar em seu armário os pertences.

— Se eu puder ser metade do que o Fernandão foi para o Inter já terei cumprido minha missão aqui. Liderança não se impõe, se conquista. E isso vem com o tempo — ensina Álvaro.

Mesmo tendo chegado ao clube em meio à crise, o zagueiro demonstra convicção em futuro dourado para os colorados. Lembra que o grupo foi reformulado em um mês. Por contar com jogadores rodados, o time dará retorno em breve.

— Setembro será o mês do Inter. Vejo aqui um grupo unido e pronto para vencer. Nas próximas semanas, avançaremos no Brasileirão e na Copa Sul-Americana — garante Álvaro.

Confira a escalação:

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