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 | 24/08/2008 09h04min

Brasil acaba em 23º no quadro de medalhas em Pequim, mas faz história

País conquistou três ouros, quatro pratas e oito bronzes

A delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim terminou na 23ª colocação geral no quadro de medalhas, com três ouros, quatro pratas e oito bronzes - 15 no total -, mas estabeleceu marcas histórias para o esporte do país na competição.

A mais significativa delas foi a presença da primeira mulher brasileira a ocupar o lugar mais alto do pódio numa competição individual: Maurren Maggi, que venceu o salto em distância com autoridade ao fazer uma marca de 7m04 logo em sua primeira tentativa.

Antes, a judoca Ketleyn Quadros ficou com o bronze na categoria leve e se tornou a primeira a subir ao pódio. Quem teve desempenho semelhante foi Natália Falavigna, na categoria acima de 67 quilos do taekwondo, e a dupla formada por Fernanda Olveira e Isabel Swan, na classe 470 da vela.

Outra medalha de ouro para as mulheres foi a do vôlei. Com uma campanha irretocável e apenas um set perdido durante toda a competição, as comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães calaram as críticas pelas derrotas nos Jogos de Atenas e no Pan do Rio, tornando-se as primeiras num esporte coletivo a levarem o ouro para o Brasil.

Por outro lado, o futebol feminino ficou novamente perto de uma grande conquista, mas acabou derrotado pelos mesmos Estados Unidos que tiraram delas a medalha de ouro em Atlanta. Pelo menos a competição serviu para que a atacante Marta, eleita duas vezes melhor do mundo pela Fifa, descobrir que há outras companheiras de bom nível na equipe, como a também atacante Cristiane e a meio-campo Daniela Alves.

No que diz respeito aos números, o país igualou as 15 medalhas dos Jogos de Atlanta, em 1996, mas conquistou menos ouros em relação a Atenas, forma cinco medalhas douradas em 2004.

Três medalhistas de ouro nos Jogos da capital grega mudaram a cor das conquistas em Pequim: a seleção de vôlei masculino, que perdeu a decisão para os Estados Unidos, e Robert Scheidt, que trocou da classe laser para a star e obteve a prata com Bruno Prada graças a um excelente desempenho nas últimas regatas.

A outra "inversão de cor" ocorreu com a dupla Ricardo e Emanuel, derrotada na semifinal do vôlei de praia para os também brasileiros Márcio e Fábio Luiz, que acabaram derrotados pelos americanos Rogers e Dalhausser na decisão.

Quem brilhou em Pequim foi o nadador César Cielo. Depois de levar o bronze nos 100 metros livre, ele acabou conquistando o primeiro ouro para o país ao vencer os 50m, com direito a novo recorde olímpico. Após uma preparação considerada desorganizada e em meio a muitas críticas ao técnico Dunga, o futebol masculino foi bem até as semifinais, quando caiu diante da Argentina e ficou mais uma vez distante do sonho de conquistar a inédita medalha olímpica.

Para piorar a situação brasileira, os sul-americanos ainda levaram o bicampeonato e se vingaram diante da Nigéria, algoz argentino nos Jogos de 1996.

Completaram a relação de medalhistas olímpicos os judocas Leandro Guilheiro, na categoria leve, e Tiago Camilo, apontado como favorito na meio-médio. Ambos acabaram com o bronze, mantendo a tradição do país de fazer parte do pódio na modalidade em Jogos Olímpicos.

EFE
Jiao Weiping, Xinhua / 

Maurren Maggi foi a primeira mulher brasileira a ocupar o lugar mais alto do pódio numa competição individual
Foto:  Jiao Weiping, Xinhua


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