| 21/08/2008 17h41min
A diretoria do Figueirense esteve reunida, na tarde da última quarta-feira, com o Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina para exigir uma maior transparência nos critérios de fiscalização durante a entrada dos torcedores no estádio Orlando Scarpelli. Os representantes do alvinegro afirmaram que o objetivo do encontro era solicitar o tratamento igualitário entre as torcidas organizadas do Figueira e dos visitantes nos jogos do Brasileirão.
Para exemplificar a causa do protesto, o vice-presidente administrativo do clube, Luiz Fernando Philippi, citou a partida contra o Grêmio, pela 14ª rodada do Nacional. Enquanto a torcida gaúcha pôde entrar no estádio com faixas, bandeiras e papéis, muitos torcedores catarinenses tiveram o material apreendido na entrada do estádio.
— O que nós queremos é que seja estabelecido um critério. É preciso deixar claro o que pode e o que não pode entrar com os torcedores. Não pretendemos prejudicar os visitantes, mas,
sim, que todos recebam o mesmo
tratamento — esclareceu o dirigente.
Ele acredita que a diferença na fiscalização pode ser fruto da grande rotatividade de policiais que fazem a segurança nas partidas. Em cada jogo, a PM chega a despender até 300 homens para o efetivo. E muitos deles, segundo Philippi, podem não estar familiarizados com os pormenores da lei.
— Sabemos que essas operações envolvem muitas pessoas, mas é preciso que se reforce o que está escrito na legislação — disse.
De acordo com a Resolução n° 001/2001, do Conselho Superior de Segurança Pública e no Termo de Ajustamento de Conduta, é permitida a entrada com mastros flexíveis, papel picado, instrumentos de percussão e faixas apenas das torcidas organizadas cadastradas na Federação Catarinense de Futebol (FCF).
O comandante geral da PM, Coronel Eliésio Rodrigues, prometeu empenhar-se para que não haja distinção no tratamento das torcidas nos futuros jogos disputados no Orlando
Scarpelli.