Fernanda Oliveira e Isabel Swan conquistaram na madrugada desta segunda-feira uma medalha histórica para o Brasil. As velejadoras venceram a última regata da classe 470 e ficaram com a medalha de bronze, a primeira da vela feminina brasileira na história da Olimpíada.

Gaúcha de Porto Alegre, Fernanda Oliveira é blogueira do site especial de Olimpíada do cliRBS. Isabel Swan é carioca, nascida no Rio de Janeiro. Ambas representam o clube gaúcho Jangadeiros e treinam tanto na capital gaúcha quanto na capital fluminense.

As brasileiras entraram na Regata da Medalha na terceira colocação após as 10 regatas classificatórias, sem chances de levar o ouro, que ficou com as australianas Elise Rechichi e Tessa Parkinson. A prata ficou com as holandesas Marcelien de Koening e Lobke Berkhout.

As brasileiras largaram bem na última regata, que é mais curta e vale o dobro de pontos. Elas passaram as duas primeiras bóias na segunda colocação. Na terceira marcação, elas ultrapassaram a embarcação de Israel e passaram a liderar a prova.   

Neste momento, Isabel e Fernanda estavam com a mão na medalha de prata, já que o barco das holandesas estava na última colocação. Contudo, as holandesas melhoraram seu desempenho e chegaram em sexto, deixando as brasileiras com o bronze.

O bronze histórico, no entanto, foi comemorado como ouro por Fernanda e Isabel. Assim que cruzaram a linha de chegada, a dupla brasileira virou o barco propositalmente e pulou na água, uma comemoração tradicional entre os velejadores.

— Foi bom demais — resumiu Fernanda em entrevista ao canal por assinatura Sportv.

Com mais esta medalha, a vela brasileira retoma a posição de esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil em Olimpíada, com 15, ao lado do judô. Antes do início dos Jogos de Pequim, a modalidade era líder isolada, mas foi ultrapassada com os três bronzes de Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Ketleyn Quadros.

Corrigida às 8h34min.