| 13/08/2008 10h40min
Nem a chuva nem o vento frio foram empecilhos para uma grande festa na Ressacada. Afinal, estavam em campo os líderes da Série B. Desde cedo o torcedor chegou ao estádio e aproveitou cada minuto. Antes de o jogo começar, as torcidas já se enfrentavam com gritos na arquibancada. Nada de violência. O Corinthians quase estragou a festa, mas o Avaí foi heróico para empatar.
Depois do jogo, a torcida explicou aos corintianos com gritos.
— Não é mole não, na Ressacada ninguém ganha do Leão.
Referiam-se à força da Ressacada, onde o Avaí ainda não perdeu nesta Série B. E a torcida fez a diferença para isso nesta terça-feira. Marcou o árbitro, incentivou o time.
Formou o verdadeiro caldeirão que o técnico Silas sempre pediu. Aplaudiu o time no final do primeiro tempo, quando o Avaí perdia, e foi, de novo, fundamental.
O movimento na Ressacada começou cedo. Paulo Tensine, o atual proprietário da Toca do Leão,
reduto avaiano nos dias de jogos, chegou por volta das 5h da manhã ao
bar. A partir das 9h, já tinham clientes jogando dominó e falando do jogo.
— Colocamos 250 caixas de cerveja para gelar. Acho que vai tudo.
No fim da tarde, antes de abrir os portões, alguns torcedores já esperavam para entrar. Antes, a torcida Barra Avaiana assava carne, peixe e franco em baixo das arquibancadas.
Ao redor da Ressacada, ambulantes lucravam com as vendas de bebida, comida, rádio, capas de chuva e ingressos. Os cambistas cobravam o bilhete da Costeirinha, que valia R$ 25, por R$ 40. Bandeiras de candidatos políticos e santinhos também faziam parte da cena.
Após o jogo, os torcedores pegaram a fila característica rumo ao Estádio da Ressacada, mas não se importaram. Foram buzinando, cantando e fazendo festa. E com esperança no time do Avaí.