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 | 06/08/2008 23h17min

Jardel diz que não deixa de torcer pelo Grêmio na Série A

Ídolo do tricolor gaúcho não guarda mágoa do ex-clube

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

Alegria, alegria! No treino desta quarta-feira, ao lado da filha, Vitória, Jardel não escondeu a animação após sua reestréia no gramado anotando um gol na vitória do Criciúma sobre o Marília, por 3 a 2, na noite desta terça-feira.

O centroavante, que levantou a taça da Libertadores pelo Grêmio, em 1995, afirmou que o duelo da Série B foi um dos jogos mais importantes de sua vida por marcar a sua volta aos gramados, após um período de muito trabalho para readquirir confiança.

— Este jogo significou muito para mim. Foi um dos jogos mais importantes da minha vida, representou o meu retorno depois de ter sido homem para falar aquilo tudo e reconhecer o meu erro. Com muito trabalho e muita força eu mostrei que quero — disse o jogador, que mantém sua fome de gols e sua popularidade com os torcedores.

Carinho e torcida pelo Grêmio

Ídolo do Grêmio, assim como não esconde sua alegria no Criciúma, Jardel também não consegue deixar de falar sobre sua legião de fãs na torcida do tricolor gaúcho, apesar de ter ficado um pouco frustrado com a maneira que o clube o recebeu em seu retorno ao Brasil.

— Meu carinho pela torcida gremista é muito grande. Acompanho o time, não deixo de torcer por ele na Série A, independente de não terem me recebido da maneira como eu merecia. Eu não guardo mágoa de ninguém, são coisas da vida e eu compreendo — explicou Jardel, comentando seu acompanhamento do Grêmio ao falar da vitória de 1 a 0 em cima do Ipatinga, com gol de Perea, na noite desta quarta-feira.

A possibilidade de encerrar a carreira no tricolor gaúcho agrada Jardel mas, no momento, o Criciúma é a sua prioridade. O goleador está mais preocupado com o presente do que com os planejamentos para o futuro.

— Quero continuar trabalhando forte e ter sorte para marcar muitos gols. Claro que quero mostrar mais o meu futebol, isso pode ser enganoso, em princípio, mas só o tempo, as vitórias, os gols vão dizer. No momento, minha prioridade é o Criciúma, foi o time que abriu as portas para mim e tem a minha preferência para continuar após a Série B.

Reciprocidade com o Criciúma

E assim como o Criciúma acreditou em Jardel, o goleador também acredita em seu time. Para ele, o grupo tem força e potencial de subir à Série A e também conta com a sua preferência mesmo ao final do campeonato, já que foi o clube que abriu as portas para que ele tivesse a oportunidade de retomar seu futebol.

— O Criciúma tem time para subir e se mantivermos este time entrosado como está, não tem como não acreditar nisto.

No jogo contra o Marília, quando Jardel anotou o gol do empate em 2 a 2 e ainda foi peça fundamental no tento que deu a vitória ao seu time, deixando o zagueiro tão confuso que acabou fazendo gol contra, ele contou com uma motivação a mais na platéia. Além da vibração da torcida no Heriberto Hülse, seus dois filhos vieram de Portugal para prestigiá-lo.
 
— A presença deles dá muita motivação. Eles passaram dez dias comigo. O meu gol foi para eles e também para o empresário, André, que assim como minha família foi quem segurou a bronca comigo quando eu estava mal.

Sobre a sua adaptação à cidade de Criciúma, Jardel não conteve a brincadeira.

— Por enquanto, está muito frio — disse, entre risos, e completou:

— A cidade é pequena e me acolheu muito bem. Não quero ser rei, só quero ser reconhecido pelo meu trabalho e já estou sendo. O carinho é enorme e comparo essa acolhida à minha terra natal, o Ceará. Lá no nordeste é assim, o povo reconhece. Eu ainda quero dar muita alegria a esta torcida, com trabalho, humildade e pezinhos no chão.

Humildade e gratidão

Em todas as entrevistas, a humildade de Jardel faz com que sua gratidão também transpareça. Ele não deixa de lembrar todos que foram fundamentais para que o seu retorno aos gramados pudesse se tornar uma realidade.

— Agradeço a todos os torcedores e à diretoria do Criciúma, também à Federação Gaúcha, ao meu empresário, aos técnicos Gelson da Silva e Édson Gaucho. São pessoas que acreditam em mim e sempre me deram força. É um conjunto de pessoas que estão me dando a oportunidade de recomeçar — disse, deixando ainda sua impressão:

— Acho muito bonito isso e, sobretudo, muito humano.

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