A seleção argentina que se prepara para os Jogos Olímpicos de Pequim ainda não sabe se contará com Leonel Messi, porém o imbróglio entre o jogador, a FIFA e o Barcelona não preocupa Dunga. O técnico do Brasil garante que a ausência do atacante nos gramados chineses não seria uma vantagem na disputa pelo ouro olímpico.

Atual bicampeã do Mundial sub-20 e detentora do título em Atenas-2004, a Argentina aparece como forte candidata ao bicampeonato na China, uma vez que conta com os principais jogadores convocados pelo treinador Sergio Batista, à exceção do zagueiro Martín Demichelis, não liberado pelo Bayern de Munique. Entretanto, todo o trabalho da Albiceleste pode ser prejudicado pelas dificuldades em convencer o Barça a ceder Messi, que teria idade para disputar as Olimpíadas.

Pelos lados do Brasil, porém, o imbróglio envolvendo o atacante, que deve ter uma solução na terça-feira, quando será dado o último parecer da FIFA sobre o caso, não encontra repercussão. Segundo Dunga, a seleção nacional não deve temer o jogador, uma vez que venceu os argentinos por duas vezes mesmo com a presença do astro (3 a 0 em um amistoso em Londres, em 2006, e outro 3 a 0 na final da Copa América, em 2007).

– Para começar, temos que ir bem na primeira fase e nos classificar, e pelo que lembro o Brasil jogou com a Argentina com o Messi – disse Dunga, ignorando o empate sem gols pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, em que o jovem foi aplaudido pelos torcedores em Belo Horizonte. – Não seria vantagem para o Brasil se o Messi ficasse fora dos Jogos Olímpicos.