A Polícia Militar reforçou a fiscalização e retirou os ambulantes que realizaram o comércio de bebidas alcoólicas no entorno do Estádio Orlando Scarpelli para o jogo Figueirense x Grêmio, na noite desta quinta, dia 24, em Florianópolis. Apenas quem conseguiu liminar na Justiça pôde vender cerveja ou destilados no local.

— Esta portaria já está valendo há algum tempo e só quem tem liminar está ficando — explicou o capitão da PM, Mauro da Silveira.

Para não correr o risco de ter prejuízio, o vendedor Henrique Koeppel já providenciou a sua liminar:

— Fiquei apenas um jogo sem vender cerveja e depois consegui a liminar. Vendo tanto nos jogos do Avaí (no Estádio da Ressacada) quanto nos do Figueira — afirmou Koeppel, que acredita que a lei seca dos jogos de futebol não irá perdurar.

Quem também se precaveu foi a vendedora Marcela, de 44 anos. Ela trabalha próximo ao Scarpelli há 10 anos. Para evitar incômodos, a comerciante anda com a liminar na mão:

— Eu tentei dividir o custo da liminar com alguns colegas, mas eles não quiseram, então arquei sozinha com o gasto. Estava achando injusto que em outros jogos não havia fiscalização. Agora, pelo menos, estou recuperando o dinheiro — disse Marcela.

O uso de liminar para vender bebidas alcoólicas desagrada o industrial Mauro Alves, de 63 anos. Apesar de ele tomar tranqüilamente sua cervejinha próximo ao Scarpelli, o consumidor não concorda que uma lei seja implementada para depois não valer nada diante do uso de liminares.

Mas os alvos da PM não se voltaram apenas a quem estava vendendo bebidas alcoólicas. Um ambulante que comercializada produtos do Grêmio foi retirado da calçada pelos policias pois estava interferindo no direito de ir e vir das pessoas, de acordo com a PM.

Matéria atualizada às 23h