| 24/07/2008 10h19min
Não faltam "espiões" no elenco do Figueirense para revelar ao técnico PC Gusmão as peculiaridades e o jeito de jogar do adversário desta quinta-feira. Afinal, o Grêmio de Celso Roth, Tcheco e companhia já foi o Grêmio de Tadeu, de Ramón, de Ricardinho e de Rodrigo Fabri.
Isso sem contar os ex-colorados Cleiton Xavier e Magal, que também conhecem bem o tricolor gaúcho. Do lado de lá, Paulo Sérgio e Rudnei, ex-jogadores do Figueirense, podem ser as fontes de informação de Celso Roth. Ou seja: qualquer detalhe que escapar do lugar-comum pode fazer a diferença no duelo que começa às 20h30min, no estádio Orlando Scarpelli.
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Dos ex-gremistas alvinegros, apenas Tadeu e Ramón estarão na partida desta quinta-feira. O meia Rodrigo Fabri, que atuou no
tricolor gaúcho entre 2001 e 2003, teve um estiramento na musculatura
abdominal e foi vetado pelo departamento médico. Já Ricardinho, titular no jogo contra o Fluminense, desta vez nem no banco vai ficar.
O jogador ainda não mostrou, no Furacão, o mesmo futebol que levou o Grêmio aos títulos da Série B do Brasileiro (2005) e do Campeonato Gaúcho (2006), quando jogou ao lado de Ramón. O meia apareceu na relação dos atletas que concentraram para o duelo e vai ficar como opção no banco de reservas.
Titular, só Tadeu. Curiosamente, o único que não chegou a conquistar títulos, nem virou ídolo da torcida. Não deu tempo. Tadeu chegou ao Grêmio no início deste ano, contratado junto ao Juventude. Tinha a confiança do antigo técnico, Vágner Mancini, mas perdeu espaço com a chegada de Roth e foi emprestado ao Figueirense.
Centroavante mostra como joga o rival
Nem o fato de ter sido preterido por Roth, nem o desgaste pelas derrotas no Gauchão (caiu na semifinal diante do Juventude) e
na Copa do Brasil (perdeu para o Atlético-GO nos pênaltis e
Tadeu perdeu uma cobrança) deixaram mágoas. O centroavante só tem boas lembranças do Olímpico, como os amigos que ficaram e os seis gols marcados com a camisa tricolor.
Sobre o estilo de Celso Roth, Tadeu revela que é um "técnico que trabalha muito em cima de estatísticas e da marcação". O jogador analisou assim o adversário:
— O Grêmio é um clube grande, de massa, que tem uma torcida muito bonita. É um time que joga sempre fechado, não dá espaços, marca forte, tem uma bola parada forte e é rápido nos contra-ataques.
Grêmio terá mudanças na defesa
O zagueiro Leo, do Grêmio, recebeu uma má notícia, nesta quarta-feira: a contratura na coxa direita não regrediu e ele ficará de fora do jogo em Florianópolis. Mas a lesão, sofrida no primeiro tempo do confronto com o Cruzeiro, sábado passado, não é grave e ele poderá enfrentar o Palmeiras, domingo.
Enquanto freqüenta o departamento médico,
ele ficará na expectativa de sua transferência para o futebol
espanhol.
O empresário Jorge Machado agendou uma reunião, em Barcelona, com o pessoal do Espanyol, que deseja adquirir o zagueiro, de 20 anos.
O Espanyol quer 100% dos direitos federativos e o Grêmio deseja ficar com 40%. O valor ficará aquém dos 8 milhões de euros pretendidos pelo tricolor. O diretor esportivo do clube espanhol, Paco Herrera, observa as atuações de Leo desde o segundo semestre do ano passado, quando o técnico Mano Menezes o lançou na equipe principal do time.
Outro desfalque da melhor defesa da Série A (apenas 10 gols sofridos) é o zagueiro Réver, que está suspenso. Thiego e Jean entram na defesa. Na ala esquerda, Anderson Pico é o favorito à vaga, mas Helder tem chances de atuar. E no ataque, Perea deve perder a titularidade para André Luís, enquanto Marcel volta ao time.
Nesta quarta, no desembarque em Florianópolis, a delegação tricolor foi recepecionada por seus torcedores no aeroporto Hercílio Luz.
Tadeu (C) iniciou o ano no Grêmio, mas perdeu espaço com a chegada de Celson Roth
Foto:
Carlos Amorim