| 21/07/2008 13h23min
Enquanto uns fazem corpo mole para defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim, outros jogadores arriscam o futuro em seus clubes para irem à China. É o caso do lateral-direito Rafinha, que contrariando as ordens do Schalke 04 não se reapresentou nesta segunda-feira para o início da pré-temporada do clube alemão.
Rafinha era esperado na Áustria, onde o Schalke fará sua preparação para a estréia no Campeonato Alemão, no dia 15 de agosto. No entanto, o jogador ignorou os apelos do clube e avisou que estava viajando para Paris, de onde os jogadores que atuam na Europa embarcarão para a preparação da Seleção em Cingapura.
– Conversei com Rafinha por telefone no domingo à noite para dizer a ele que nossa posição não mudou e que o esperávamos nesta segunda-feira. Ele respondeu que não viria e que não participaria da concentração – disse o Andreas Müller, diretor geral do Schalke 04, em entrevista à agência AFP.
Rafinha, de 22 anos, ignorou o veto do Schalke embasado em uma determinação da Fifa, que obriga os clubes a liberar os jogadores menores de 23 anos para a Olimpíada. O clube alemão, por outro lado, alega que os Jogos Olímpicos não ocorrem sob a chancela da Fifa e sim do Comitê Olímpico Internacional e que por esse motivo não tem obrigação de liberar seus atletas.
A rebeldia pode custar caro ao jogador brasileiro. De acordo com Müller, se Rafinha mantiver sua posição de disputar os Jogos Olímpicos, o clube irá lhe aplicar uma punição, que pode variar de uma severa multa em dinheiro ou mesmo até o rompimento do contrato do jogador, que se encerra em 2010.
– Ele é nosso jogador e tem um contrato longo conosco. Isso agora entrou em um nível completamente diferente de um atleta se atrasar alguns dias após as férias – declarou Müller, acrescentando que essa foi a primeira vez que um jogador desobedeceu de maneira tão explícita às ordens do clube.