| 15/07/2008 04h26min
Um dos melhores goleiros do Brasileirão elegeu ontem, a pedido de Zero Hora, suas cinco melhores defesas na competição. Na opinião de Victor, a mais difícil de todas foi no cabeceio de Patrício, no primeiro tempo da vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa, domingo, no Olímpico.
Antes de saltar para o canto direito e jogar a bola pela linha de fundo, ele teve uma fração de segundos para perceber que o lateral-direito Patrício saltava mais alto do que a marcação.
— Quando o vi se antecipando, me concentrei somente na bola e tratei de acompanhar a trajetória. Por felicidade, tive uma reação rápida. Foi minha melhor defesa — reconhece o goleiro, que sofreu somente oito gols no campeonato.
Pela ordem, a
segunda defesa com maior grau de dificuldade ocorreu no jogo contra o Santos. Foi, também a
mais curiosa. Já sem a possibilidade de usar as mãos, Victor salvou com o pé esquerdo.
Aos 25 anos, Victor tem consciência de que aprimorou sua técnica desde a chegada ao Grêmio, no início do ano. Orientado pelo preparador Francisco Cersósimo, ele faz pelo menos cem defesas a cada treinamento. Junto com Marcelo Grohe, Matheus e Caio, os três goleiros reservas, só costuma entrar no vestiário quando os outros jogadores já tomaram banho.
Os reflexos são apurados a partir de uma série de trabalhos específicos. Alguns bastante curiosos, como ficar de costas para a bola, permanecer colado a uma das traves antes do arremate e ter a visão encoberta no momento do chute.
A boa fase lhe permite sonhar com uma convocação para a Seleção Brasileira. Não neste momento, por entender que Júlio César será o preferido do técnico Dunga "por uns quatro anos, pelo menos".
— Chegar à Seleção, conquistar títulos e fazer história no clube são sonhos de
qualquer goleiro — diz.
Aos 25 anos, Victor tem consciência de que aprimorou sua técnica desde a chegada ao Grêmio, no início do ano
Foto:
Arivaldo Chaves