| 10/07/2008 21h22min
Os Estados Unidos estão disposto a receber todos os ex-reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que, por questões de segurança, pedirem para viajar ao país, já que "ganharam o direito" por ter sofrido tanto, informou nesta o embaixador americano na Colômbia, William Brownfield.
Ele se referiu aos seqüestrados pelas Farc, principalmente ao caso do ex-senador Luis Eladio Pérez, que foi libertado em fevereiro e que viajou na quarta-feira aos EUA, após denunciar ameaças de morte por parte de rebeldes da guerrilha.
O diplomata, que visitou a fábrica colombiana da indústria automobilística General Motors, disse que o país oferecerá segurança ao ex-congressista "e a qualquer seqüestrado, porque eles têm direito a esse apoio".
— Se o ex-senador Pérez decidiu estar nos EUA porque se sente mais seguro, eu não posso lhe negar esse direito, porque ele passou anos e anos na floresta — afirmou o embaixador aos jornalistas.
Luis Eladio Pérez foi seqüestrado em 2000 e
libertado em 27 de fevereiro graças às gestões humanitárias do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Nesse mesmo dia foram soltos os também ex-congressistas Gloria Polanco de Lozada, Jorge Eduardo Gechem e Orlando Beltrán, que também estavam em poder das Farc.
— Eles (os libertados) já pagaram pelo direito de visitar os EUA — insistiu o embaixador, quando perguntado sobre o número de pedidos de proteção de ex-reféns recebidos pela embaixada, e ressaltou que espera "que esse número aumente às centenas nos próximos dias".
— A embaixada está disposta a oferecer ajuda em termos de documentação, vistos, entre outras coisas, a qualquer pessoa liberada que pedir — acrescentou Brownfield.
O embaixador lembrou que os EUA pediram na quarta-feira ao Governo da Colômbia a extradição dos guerrilheiros das Farc Gerardo Antonio Aguilar, conhecido como "César", e Alexander Farfán Suárez, conhecido como "Gafas", capturados em 2 de julho durante
o resgate de 15 pessoas seqüestradas, entre eles
três americanos.