| 24/06/2008 11h56min
Entrou em vigor na segunda-feira uma das principais apostas da cidade de Pequim para tentar diminuir a poluição do ar antes dos Jogos Olímpicos: o rodízio de veículos governamentais. A proibição de trânsito foi adotada pelo governo municipal de Pequim.
– Entre 23 de junho e 19 de julho, só metade dos 22,8 mil veículos usados por órgãos do Partido, governos e instituições públicas de todos os níveis sob a administração de Pequim serão permitidos na rua – anunciou a lei.
A proibição foi uma das últimas iniciativas pré-olímpicas para reduzir os congestionamentos, e, mais importante, tentar melhorar a qualidade do ar na capital chinesa.
Após o dia 19 de julho a proibição será estendida aos veículos particulares. Apenas táxis, ônibus e ambulâncias estão liberados da proibição de trafegar em datas alternadas entre 20 de julho e 20 de setembro, além da suspensão de 70% dos veículos do governo durante o mesmo período.
Em uma cidade onde um terço da poluição do ar é causada pelas emissões de gases dos automóveis, as proibições são consideradas fundamentas para a “Olimpíada Verde” prometida pelo Comitê Organizador no momento da candidatura.
– Graças às proibições, as emissões durante os Jogos Olímpicos poderão ser reduzidas em 63% – garantiu o subdiretor do Departamento de Proteção Ambiental de Pequim, Du Shaozhong.
A cidade também tomou outras medidas para controlar a poluição causada pelos 3,3 milhões de veículos, como realocar os produtores de aço da cidade e proibir às províncias vizinhas queimar palhas.
– Temos confiança e capacidade de fornecer ar de boa qualidade para a Olimpíada – acrescentou Du.
Os dados mostram que a qualidade do ar em Pequim tem apresentado melhoras nos últimos nove anos consecutivos, desde a licitação olímpica em 1998. Os principais poluentes (dióxido de enxofre, monóxido de carbono e dióxido de carbono) diminuíram entre 10% e 60%.
– A China conseguiu êxito nos últimos cinco anos, o que levou 20 a 25 anos para a Europa conseguir em termos de melhora – comentou o chefe do Instituto para Poluição Atmosférica do Conselho Nacional de Pesquisa na Itália, Ivo Allegrini.
AGÊNCIA XINHUA