| 16/06/2008 17h12min
A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou que os dois países com menor média de espectadores na Liga Mundial deste ano serão afastados da competição em 2009. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pelo italiano Francesco Franchi, novo presidente do conselho da competição, durante a primeira sessão do congresso da FIVB deste ano, em Dubai, nos Emirados Árabes. Os "rebaixados" serão substituídos por equipes que atenderem aos requisitos de televisão e marketing estabelecidos pela federação internacional.
— Com isso, queremos levar à Liga Mundial aos países que possam contribuir para o desenvolvimento do torneio. Até agora já temos oito seleções esperando para substituir as que não cumprirem esta norma — disse o mexicano Rubén Acosta, presidente da FIVB.
Grand Prix poderá ter 16 times
O Grand Prix, versão feminina da Liga Mundial, também será discutido durante o encontro. A FIVB analisa a possibilidade de ampliar o número de participantes dos 12 atuais para 16, o que daria mais chances para seleções das Américas e do Caribe.
— Se ampliarmos o número de equipes, talvez encontremos também uma solução para problemas como o que ocorreu com a Holanda, campeã ano passado e que não conseguiu se classificar para esta edição — comentou Acosta.
€ 53 milhões em direitos de TV
Ainda nesta segunda, foi anunciado que a Federação receberá cerca de 53 milhões de euros em conceito de direitos de televisão entre 2008 e 2010. De acordo com o luxemburguês Andre Meyer, tesoureiro da FIVB, cerca de dez milhões virão da transmissão dos Jogos de Pequim.
Rubén Acosta, que ainda não revelou se continuará como presidente da entidade, elogiou a gestão atual:
— Nosso patrimônio passou de US$ 135 milhões em 2006 para US$ 150 milhões em 2007, o que significa um novo recorde — afirmou o dirigente em referência aos balanços de 2006 e 2007, aprovados por unanimidade junto à estimativa de orçamento para 2010.
Direção da FIVB terá mandato ampliado
Além disso, os delegados das 178 federações nacionais de vôlei que participam do congresso mundial aprovaram uma troca nas datas das eleições à Presidência da FIVB, agora coincidindo com os Jogos Olímpicos.
Com isso, Acosta e os atuais membros da diretoria terão seu mandato ampliado até os Jogos de 2012, em Londres. Entretanto, o presidente da FIVB anunciou há um mês que estaria se desligando da entidade. A resposta deve ficar para a última sessão do congresso, já que disse que os participantes do encontro que decidiriam pela sua presença.
O presidente da FIVB justificou a mudança "pela necessidade de ajuste às condições de alguns países que estão obrigados a realizar eleições em suas respectivas federações nacionais no decorrer do ano olímpico".