| 04/06/2008 07h22min
O Manchester City não quer apenas registrar interesse em Ronaldinho. Os ingleses tentam, de fato, interceptar a ida do craque gaúcho para a Itália. Por isso, vieram a Porto Alegre. Já se foram. Prometeram voltar em breve. Na Inglaterra, o salário anual do craque gaúcho seria de até 16 milhões de euros, acima dos 9 milhões inicialmente acertados com o Milan.
— Do ponto de vista financeiro, é atrativo. E pode ser também para a carreira. Há três anos, o que era o Chelsea? Recebo os ingleses da forma mais transparente possível — revela Assis, irmão e empresário de Ronaldinho. — Mas é preciso ver quem o City contrataria além do Ronaldo, para verificar a extensão do projeto.
Dinheiro não falta ao Manchester City, comprado em 2007 pelo ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra por 120 milhões de euros. Zico, cuja família tem ótima relação com os Moreira, pode ser o técnico. A fortuna de Thaksin é investigada pela Justiça tailandesa. Há dois mandados de prisão
expedidos contra ele.
As conversas com o Milan, entretanto, já estão em andamento. O Barcelona quer 50 milhões de euros. Os italianos oferecem 35. Ronaldinho assinaria contrato por quatro temporadas e salário anual de 9 milhões de euros (R$ 23 milhões).
Na última semana abriu-se a possibilidade de permanência no Barcelona. Vai depender de um terremoto político na Catalunha: a deposição do presidente Joan Laporta. A oposição precisava de 6 mil assinaturas para realizar uma moção de censura que, se aprovada, encerrará o mandato de Laporta prematuramente. Obteve 9,4 mil. Novas eleições seriam convocadas. Sandro Rosell, ex-diretor mundial de marketing da Nike, será candidato. Foi Rosell que levou Ronaldinho para o Barcelona. Se Rosell tornar-se presidente, o craque poderia voltar ao clube com força e cumprir contrato até 2010.