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 | 03/06/2008 05h42min

Wianey Carlet: Perfil

O novo treinador do Inter não precisa ser disciplinador. O grupo de jogadores é enaltecido, tanto pelos dirigentes quanto por Abel Braga, pela disciplina e exemplar comportamento social. Não falta, portanto, um profissional para disciplinar o que já é, naturalmente, disciplinado. Existirem grupos mais ou menos fechados é normal, principalmente quando a longevidade de alguns, no clube, é um fato. Reprovava-se em Abel Braga a sua predileção por alguns jogadores, Iarley atualmente, Michel e Gabiru, no passado. Mas esta é uma situação que se desfaz com a troca de treinador. O novo treinador precisa, sim, ser competente. Ter bons conhecimentos táticos, interpretar bem as características de cada jogador, fazer correta leitura de jogos e exercer autoridade sem ser autoritário. Resumindo: como em qualquer time, importa que o seu treinador seja competente. Não tem que ser um déspota.

MAIS VEZES TREINADOR

Abel Braga deixa o Inter, pela quinta vez, mas não é o técnico que treinou o time o maior número de vezes. Este título ainda é de Cláudio Duarte, que treinou o Inter 11 vezes tendo sido campeão gaúcho quatro vezes e uma vez terceiro no Brasileirão. Como supervisor e diretor técnico foi campeão do Brasil e Gaúcho. Como jogador, nem se fala, são 13 os seus títulos.

COZINHA REQUER ORDEM

O novo treinador terá como primeiríssima tarefa a de organizar o sistema defensivo do Inter. Atualmente, a equipe está jogando com três zagueiros, mas nenhum deles é líbero. Não existe cobertura. O trio joga em linha e o garoto Sidnei, 18 anos, flutua mais do que folha seca ao vento. Este qualificado zagueiro precisa ser disciplinado para que não se perca por desorientação. O Inter só tem alas quando joga Wellington Monteiro e Marcão. Sem estes dois jogadores atuando, especificamente, como alas, o Inter sofre os mesmos problemas que acometem a maioria dos times brasileiros que utilizam três zagueiros: fragiliza-se o meio-campo. Neste momento, é visível a desestruturação defensiva do Inter.

QUEM MANDOU RECUAR?

Freqüentemente, repete-se que o treinador "mandou o time recuar" e aí o adversário cresceu, dominou etc. Até hoje, entretanto, não ouvi testemunho confiável de que esta ordem tenha sido dada. É verdade que, quando o treinador substitui um atacante por um defensor, está robustecendo o sistema defensivo e, conseqüentemente, recuando a equipe. Mas não é apenas nestas ocasiões que a crítica aparece, ainda que muitas vezes se justifique a decisão. Sábado, em São Januário, o Vasco da Gama empurrou o Grêmio para trás com o ingresso de Jean. Era previsível que acontecesse, afinal, o Vasco jogava no seu estádio e precisava vencer. Nestas circunstâncias, o que deve fazer o treinador do time visitante? Celso Roth, quando "inventou mal" no jogo contra o Juventude, foi criticado, justificada e duramente, pela imprensa. Mas não cabe inventar uma ordem que Celso não deu apenas porque não se tem simpatia pelo treinador.

O Grêmio admite que está carente de qualidade e quantidade de jogadores. Roger, por exemplo, não tem reserva e sábado, no segundo tempo, parou em campo contribuindo para o enfraquecimento do Grêmio e crescimento do Vasco. Tcheco só poderá ser utilizado em agosto e sobre Julio dos Santos não têm saído informações. Até agosto, este será um problema recorrente. Mas voltando ao jogo de sábado, quem mandou o Grêmio recuar? A resposta certa é: Antônio Lopes.

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