Apesar de estar perdendo o humor e o sono com as três derrotas em seqüência, Abel Braga está longe de perder o emprego. Diretoria e jogadores do Inter não têm reclamações em relação ao trabalho do técnico. O vice de futebol Giovanni Luigi ainda garantiu: resultados negativos, pelo menos a curto prazo, não motivarão a troca de comando.

O dirigente argumenta que há menos de um mês, no dia 4 de maio, o Inter foi enaltecido pela conquista do Gauchão com a goleada história de 8 a 1 sobre o Juventude. Isso sem contar o título da Copa Dubai na pré-temporada nos Emirados Árabes, em janeiro. A eliminação na Copa do Brasil e o começou ruim no Brasileirão, com duas derrotas e atuações sem qualquer vibração, não arranharam a imagem Abel no Beira-Rio.

– Não trabalhamos dessa forma. Analisamos o todo, não apenas um ou dois resultados – assegurou Luigi.

Dentro do vestiário, o respaldo também é total. Os jogadores que estão no clube desde 2006, quando o técnico comandou as campanhas vitoriosas na Libertadores e no Mundial, atestam que o comportamento e atitudes seguem iguais. Quando questionados se Abel talvez não consegue mais motivar o grupo ou fazer o time render o máximo, os jogadores contestam e saem em defesa do chefe. Embora o comportamento do time nas duas últimas partidas tenha sido marcado pelo conformismo e pela apatia. Logo após a final do Gauchão, Fernandão chegou a afirmar que os jogadores correm por Abel dentro de campo.

– O clima está leve. O Abel sabe sugar aquilo que nós temos de melhor – garantiu Alex.

A direção não admite publicamente carências no grupo, mas busca dois laterais e um meia de ligação. Ontem Luigi e o presidente Vitorio Piffero almoçaram com o presidente do Goiás, Pedro Goulart, e seu diretor de futebol, Arthur Neto. Os goianos pretendem levar Gil, Gabiru e Adriano. O Inter demonstrou interesse no lateral-direito Vitor. As conversas não evoluíram – apenas a transferência de Gabiru está encaminhada.