| 22/05/2008 22h59min
Santa Catarina tem sido destaque por conta da violência nos estádios de futebol. Mas agora o poder público começa um movimento inédito no Brasil: regulamentar a presença das organizadas de fora nos jogos catarinenses. Na segunda-feira, às 9h, no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Florianópolis, fará uma reunião para tomar medidas que evitem incidentes envolvendo facções adversárias.
Além de representantes da Federação Catarinense de Futebol, estarão presentes na reunião a Polícia Militar, o Ministério Público de Santa Catarina, a Associação de Futebol Profissional de Santa Catarina, os clubes catarinenses integrantes das séries A, B e C e as torcidas organizadas. Deve ser baixada, também, uma portaria que proíbe, num raio de 400 metros dos estádios, a venda de bebida alcoólica três horas antes e duas horas depois dos jogos.
Organizadas sob suspeita
As organizadas de Santa Catarina estão na mira do poder público desde que o aposentado Ivo Costa, de 62 anos, perdeu a mão depois que um artefato explosivo o atingiu no jogo entre Criciúma e Avaí, válido pelo encerramento do primeiro turno do Catarinense. As torcidas tiveram que se cadastrar na Federação Catarinense de Futebol (FCF) e podem ser extintas caso participem de casos de violência.
Outro acontecimento que manchou a imagem das organizadas aconteceu no último final de semana, antes do Figueirense e Coritiba. A Império Alviverde, do Paraná, entrou em confronto com a Gaviões Alvinegros, de Florianópolis.
— Vamos fazer uma reunião para tomar medidas, em comum acordo, de como inibir a violência das organizadas de fora, principalmente às dos estados próximos — explicou Rodrigo Capella, procurador jurídico da FCF, que preferiu não adiantar as possíveis atitudes.
DIÁRIO CATARINENSE
Organizadas protagonizaram confusão antes do jogo Figueirense x Coritiba
Foto:
Eduardo Teixeira Coelho