Dois torcedores do Coritiba estão presos na Central de Polícia, em Florianópolis. Eles são acusados de depredar um carro durante a confusão entre as torcidas do Figueirense e do Coritiba na tarde deste domingo, antes do jogo entre os dois times.

A briga entre as torcidas ocorreu em frente à sede da Gaviões Alvinegros, torcida organizada do Figueirense, no Bairro Estreito.

Fernando dos Santos Pereira, 27, e Alex Alessandro da Silva Santos, 26, estavam em ônibus da Império Alviverde, torcida organizada do Coritiba. Eles foram presos depois que o dono de um dos veículos depredados acusou os dois como sendo autores da destruição. O reconhecimento foi feito pela aparência e pelas roupas dos homens.

Os dois negam a acusação. Eles dizem que estavam nos ônibus, indo para o jogo, quando os veículos começaram a ser apedrejados ao passar em frente à sede da torcida do Figueirense. Os torcedores do Figueirense saíram dos ônibus e a briga começou. A confusão só terminou quando a Polícia Militar chegou ao local.

Cerca de 200 pessoas que estavam nos quatro ônibus do Coritiba foram revistados, mas nenhuma arma foi encontrada. Os ônibus foram liberados por volta de 20h. Apenas Fernando e Alex foram presos porque foram reconhecidos. Os dois não tinham passagem pela polícia.

Segundo Fernando, ele não chegou a sair do ônibus. Alex admite que saiu do ônibus, levou uma pedrada e jogou o objeto de volta. Mas ele também nega que tenha depredado o carro. 

— A torcida deles tentou atingir a gente. Da sede eles "tacaram" uma pedra e atingiu a gente. Mas ficou tudo por nossa conta porque é a torcida adversária — disse Alex.

Os dois estão presos porque não pagaram a fiança, estipulada em R$ 4,5 mil para cada um. Alex, que trabalha como motoboy durante o dia e em uma pizzaria à noite, disse que entrou em contato com o seu patrão para ver se ele poderia tomar providências. Fernando, que é soldador, disse que a família dele está vindo para Florianópolis.

Se eles não pagarem a fiança, poderão ser colocados em liberdade provisória somente a partir de uma determinação judicial.

Os policiais vão procurar identificar outros envolvidos na briga a partir das imagens da confusão e de depoimentos.

Imagens de câmeras de vigilância não mostram a presença de viaturas da Polícia Militar junto aos ônibus da torcida do Coritiba. Torcedores dos dois times afirmaram que os veículos não estavam sendo escoltados. O capitão Mauro da Silveira, da Polícia Militar, disse que os ônibus estavam sendo escoltados por duas viaturas.