| 15/05/2008 05h41min
Foi um segundo tempo para não botar mais defeito, ele já tinha todos os defeitos e poucos foram os do Sport. A dolorosa maioria foi do Inter. Foi desclassificado por este segundo tempo, em que o time não conseguiu jogar, perdeu Titi e Sidnei machucados, e mesmo que o Sport ficasse com 10 com a expulsão na jogada criminosa de Luciano Henrique, o time não conseguiu atacar. E pior do que isto, perdeu o controle do meio-campo, desarticulou-se completamente com relação a Nilmar, que jogou isolado sem assistência. O Inter não podia vencer desta forma, e não há como montar nenhum espécie de queixa. Verdade o Sport, entusiasmado, muitas vezes fez faltas pesadas, mas não foi por aí: foi por rigorosa falta de futebol em todo este segundo tempo como ainda não tinha ocorrido. Clemer fez três ou quatro defesas empolgantes e absolutamente não foi culpado por gol algum, muito menos o terceiro de Durval, o grande nome do jogo, porque a bola passou por uma defesa que abriu e o goleiro só teve percepção da bola quando ele já
tinha cumprido metade de seu percurso. O Vasco se classificou, mas o Inter ficou fora.
Futebol e estádio
O torcedor pensa na absoluta unidade de sua paixão. Não separa nada, não admite que se separe, e só pode parecer um pouco ingênuo ou simplista, ele responde com a integralidade de sua adesão.
O time é a referência essencial, o amor pelo clube se fortalece basicamente dela e se o torcedor faz concessões e é capaz de ser confundir com um pessoa que pense em muitas coisas ao mesmo tempo, e talvez com a mesma intensidade, se engana: no fundo, o torcedor só pensa no campo, nas vitórias, na destruição do adversário, na soberania de sua paixão.
O torcedor do Grêmio, que já temia o interesse maior do seu clube pela construção do novo estádio e começava a exigir mais time, mais jogadores, mais títulos imediatos, tem agora mais uma razão para declarar a sua paixão unitária. As notícias dos jornais
portuguesas republicadas aqui dão conta de um outro fantasma que o
torcedor mantém no armário, o da ISL. Não é que seja perigoso ou arriscado, é que está ficando mais difícil de convencer o torcedor de que estádio vale mais do que um time de futebol.
Domador de Cavalos
Talvez o Taba e a Lígia não possam assistir ao Encontros desta noite no Cult. São duas pessoas muito ocupadas e não param de fazer coisas. Mas o último filme da dupla, Netto e o Domador de Cavalos, que é uma continuação da saga do general, tem o Tarcisinho no papel principal.
Seria ótimo se ajustar alguma coisa na frente do público: o Tabajara Ruas diretor de cinema, por exemplo. Mas tem muita coisa encaminhada e uma delas será o resgate de Carmem Miranda que está em fase de captação de recursos e terá Tarcisinho como diretor e co-roteirista.
Segundona?
Ainda é um time de Segunda Divisão, mas já é um bom time de Segunda Divisão. O Corinthians ganhou muito bem do São
Caetano, é semifinalista da Copa do Brasil, tem uma defesa firme e um
lateral-esquerdo/ala/meia, André Santos, de nível de Seleção, para falar apenas de um que desponta no time de Mano Menezes. Mas William já foi eleito o melhor zagueiro paulista, o William que garantia o Grêmio, com força, velocidade e discernimento.
Herrera faz gols, dá assistências como a da terça-feira, abre sempre o contragolpe e promove um combate irreprimível a todos os adversários a começar pela frente do Corinthians. A torcida, impulsiva e sensível com os dedicados da causa, adora Herrera, como também a do Grêmio adorava, apesar das eventuais restrições ao jogador.
O time do Mano Menezes já é bem mais do que um bom time de Segunda Divisão.