| 14/05/2008 05h39min
O meu anúncio de 10 candidatos ao título de campeão do recém iniciado Brasileirão, que recebe adesões e muitas considerações dos meus colegas de São Paulo e do Rio - aqui mais modestamente, mas isso se explica, é lá que se cogita de ao menos seis candidatos (São Paulo, Santos, Palmeiras, Fluminense, Botafogo e Flamengo) - tem uma referência constante, a do Inter como candidato.
Não é um exagero, acho que é uma constatação respeitosa. A vitória dos reservas sobre o Vasco de titulares (menos Edmundo, que escolhe um jogo da semana, por contrato) ajuda muito nessa constatação. E o jogo desta noite no Recife entra nessa consideração sobre os possíveis vitoriosos quase como emblema. Se o Inter passa para as semifinais da Copa do Brasil aumenta seu cacife, comprova-se uma das pontas da consideração. Os jogos, se o time tem ambição, estão sempre relacionados e um comprova o outro ou serve como esclarecimento. O fato do time de Abel, que será conhecido na hora, ele antecipou, terá desfalques
importantes
nessa segunda escala de valores (a primeira afastou Edinho, Renan, Maycon e Wellington), fica reduzida no seu possível significado porque foi entusiasmante a resposta de Sidnei, Titi e Ji-Paraná e a promessa de Walter, incluído na delegação.
Créditos sempre são importantes embora não ganhem jogo.
Inibição
O primeiro jogo do Recife o Inter está levando bem, cercado de cuidados, de antecipações e provocando os melhores constrangimentos nos possíveis fogueteiros do Sport. Sempre há uma vantagem em fazer depois. Os acontecimenbtos de Porto Alegre, que criaram constrangimentos e teriam de ser (por essa doentia similaridade) respondida com foguetes no Recife. Mas todos precavidos, o Inter pedindo desculpas e fazendo cara de inocente. É possível que ocorram essas manifestações, mas elas terão contra si todas as precauções já adotadas e a denúncia prévia da retaliação. Esse primeiro jogo, interposto entre o 1 a 0 do Beira-Rio e a
desforra dessa noite no Retiro, talvez não conte
muito para o verdadeiro desfecho do campo. Além disso, as autoridades em geral - policiais, políticas, administrativas e que outras, fardadas ou especialmente convocadas - deverão agir como força inibidora ou ao menos é o que se imagina que signifique todos estarem de sobreaviso, para um fato anunciado.
Marcel
Um centroavante é o que também procuro. E não acho, se não cumprindo contrato no São Paulo, que tem dois, Adriano e Aloísio, ou no Fluminense, o afundado Washington, e assim vai. Por essa dificuldade que tenho imagino que o Grêmio está tentando uma solução por uma sobra. Marcel, que é centroavante, andou machucado, está sendo liberado por Adilson Batista no Cruzeiro, que tem Marcelo Moreno. A primeira parte dessa tentantiva passa necessariamente pelo Capitão América, apelido que relembro para bem afiançar as suas plenas relações com o Grêmio. Às vezes um jogador pode ser dispensado sem que essa dispensa signifique qualquer destratamento.
Krieger deve saber pelo Adilson. E
se assim foi, a tentativa com Marcel terá boas justificativas, além do biotipo de centroavante que ele tem.
Rolex
Falei ontem do Tarcisinho, que vou entrevistar no Encontros amanhã no Cult (depois voltamos para o StudioClio, uma quinta sim, outra não) e não disse que ele é, dos jovens atores de TV e cinema, um dos mais valorizados por cineastas, roteiristas e diretores. Longe de ser o filho de Tarcísio Meira e Glória Menezes, ele tem a saudável vida própria, com autonomia de escolhas e percursos livres. E um fidelissimo fã-clube que faz reservas na sala e não sai tão cedo. Vou falar com ele sobre a nossa experiência quase comum no Rolex, a minha estréia frustrada no cinema gaúcho.