Pouco depois de ouvir o apito final do árbitro Sálvio Spínola, o goleiro colorado Renan não conteve as lágrimas após a vitória do Inter por 1 a 0 sobre o Vasco neste domingo no Beira-Rio, na rodada de abertura do Brasileirão. Depois de voltar do vestiário, mais calmo, o jogador que não atuava desde o final de março por ter contraído hepatite A explicou porque se emocionou tanto.

– Quando eu tive a hepatite, passei a ter uma série de dúvidas em relação ao futuro, não só aqui no clube, mas também na Olimpíada, de estar brigando, pelo menos, para ir para o grupo olímpico. Me emocionei por isso. Por lembrar a alegria das pessoas que estavam ao meu lado enquanto eu tive a enfermidade – disse o goleiro.

Os torcedores colorados já conhecem a seriedade de Renan. Basta lembrar-se do período de férias do Inter, antes de embarcar para a pré-temporada em Dubai. Na época, apenas o goleiro era visto treinando no Beira-Rio. Agora, ele afirma não estar 100%, mas garante: melhora a cada dia.

– Não é porque eu fiz um bom jogo hoje e nós conquistamos a vitória que eu estou no mesmo nível de quando eu saí. Estou evoluindo, estou melhorando. A cada dia, tento aproveitar para recuperar alguma coisa, tanto na parte física quanto na parte técnica.

O Dia das Mães de Renan

No dia das mães, Renan não poderia deixar de dedicar a vitória à mãe, Dona Zilá. Mas o goleiro também dedicou as defesas feitas especialmente no segundo tempo para a esposa. As duas o ajudaram enquanto ele esteve com hepatite.

– Ela mudou os planos de Dia das Mães e veio para o estádio assistir ao jogo, porque queria estar ao meu lado. Desde o momento em que eu fiquei com a doença ela sempre disse que queria ficar ao meu lado. Eu perguntava se eu poderia ter a visita dela, mas ela nem se preocupava – lembra o goleiro, que também falou sobre a esposa. – Ela também foi preponderante na minha recuperação.