| 10/05/2008 18h06min
O primeiro confronto entre clubes nordestinos pela Série B do Campeonato Brasileiro não teve vencedor. Neste sábado, Bahia e Fortaleza empataram por 1 a 1 na estréia das duas equipes na edição 2008 da Segundona, em partida realizada na cidade de Feira de Santana e com portões fechados.
De volta à Série B após passar dois anos na terceira divisão, o Bahia viu o Fortaleza sair na frente do placar aos 36 minutos do primeiro tempo, com Simão. A equipe mandante da partida só foi conseguir o empate aos 25 do segundo tempo, com o centroavante Juca.
O embate entre os dois Tricolores do Nordeste não pôde receber torcida por causa da punição imposta ao Bahia pela tragédia ocorrida na Fonte Nova, em novembro, na penúltima rodada da Série C. Na ocasião, vale lembrar, um pedaço das arquibancadas desmoronou e culminou na morte de sete torcedores. Com a Fonte Nova interditada, o time baiano não poderá receber torcedores em mais seis jogos dos quais for mandante.
As duas equipes, agora, terão uma semana livre antes de seus respectivos compromissos pela segunda rodada da Série B, ambos às 16 horas (de Brasília) do próximo sábado. O Fortaleza terá a chance de estrear diante de sua torcida no embate com o Paraná, enquanto o Bahia viaja para encarar o América-RN no Machadão.
O jogo: Sem o incentivo de sua torcida, o Bahia começou a partida com um pouco mais de disposição ofensiva do que o Fortaleza, e conseguia se manter no campo de ataque na maior parte do tempo embora não tenha levado muito perigo ao gol de Tiago Cardoso. O time cearense, por sua vez, aposta nas jogadas de mais velocidade pelas alas, mas também não chegou a assustar Darci na meta anfitriã.
A primeira grande chance de gol aconteceu aos 31 minutos, quando Juninho derrubou Marcone na área após cruzamento da direita e o árbitro Rogério Lima da Rocha marcou pênalti para o Bahia. Na cobrança Elias bateu forte no canto direito, mas o goleiro Tiago Cardoso se esticou e fez uma bela defesa, impedindo o gol do time mandante.
Depois disso o Fortaleza acordou no jogo e ganhou motivação. Não demorou, assim, para que o Pici levasse perigo à defesa baiana. Três minutos depois da defesa de Tiago Cardoso, Simão penetrou na área adversária, cortou o marcador e tentou arrematar de esquerda. A finalização ficou na marcação, ma sobrou para o próprio camisa oito, que desta vez chutou colocado de perna direita e mandou para as redes de Darci.
Embalado, o clube visitante assustou quatro minutos depois, aos 38. Após receber na entrada da área, o veterano meia Paulo Isidoro chutou forte, mas a bola saiu rente ao travessão do goleiro Darci. Nos minutos seguintes, o Fortaleza seguiu pressionando, ao passo que o apático Bahia pouco assustava. O placar no intervalo, contudo, permaneceu 1 a 0 a favor dos cearenses.
O panorama da partida não mudou muito no início da segunda etapa da partida, que começou bastante truncada no meio-campo e com raros momentos de perigo para ambos os lados.
Precisando dar mais mobilidade ofensiva à sua equipe, o técnico Paulo Comelli mudou o esquema tático do Bahia e sacou o zagueiro Cléber Carioca para a entrada do meia Rivaldo, abandonando o 3-5-2 para atuar no 4-4-2. Instantes depois, o treinador trocou Pantico por Reinaldo Aleluia no ataque. E viu os resultados.
O Tricolor soteropolitano passou a pressionar mais no campo de ataque e a levar mais perigo à defesa cearense. Aos 25 minutos, o centroavante Juca girou para cima da marcação na meia-lua e mandou uma bomba no alto do canto esquerdo, sem chances de defesa para Tiago Cardoso.
Além de perder a vantagem no placar, o Fortaleza sofreu outro golpe um minuto depois, quando o zagueiro Juninho fez falta dura no meio-campo e foi expulso de campo ao receber o cartão vermelho.
O fato de ter apenas dez jogadores em campo fez com que o técnico Heriberto Cunha passasse a segurar o resultado e priorizar o empate. O treinador do Pici, desta forma, sacou os atacantes Rômulo e Taílson para as respectivas entradas do volante Rogério e do zagueiro Leandro.
O Bahia continuou pressionando, mas mesmo com um jogador a mais não obteve sucesso nas investidas. Melhor para o Fortaleza, que fez o tempo passar até o apito final de Rogério Lima da Rocha.
GAZETA PRESS