| 26/04/2008 17h43min
Durante toda a semana, Alex e Mendes passaram mais tempo com fisioterapeutas do que com os técnicos. O meia colorado correu contra o tempo para enfrentar o Paraná e não venceu as dores no tornozelo. Seguiu o tratamento para estar em campo em Caxias do Sul, mas o medo de perdê-lo para os dois jogos fez os médicos o vetarem. Mendes, que também ficou fora da rodada da Copa do Brasil para cuidar das dores na virilha, teve mais sorte.
Alex verá a decisão pela TV. Ontem, o meia seguia com dores no tornozelo, nem treinou e foi vetado da decisão. A idéia é contar com o goleador do time na temporada, com 15 gols, na decisão.
Restará a Alex torcer pelos companheiros e dar uma sutil secada em Mendes, que com 13 gols, um à frente dele, encabeça a tabela de goleadores do Gauchão. Sem o meia, as possibilidades são a entrada de Sidnei ou
Danny Moraes, com a passagem de Orozco para volante,
atrás de Magrão e Ji-Paraná. O colombiano, inclusive, foi testado no treino fechado da manhã deste sábado.
O Inter adotou a cautela com Alex escorado na boa atuação de Andrezinho contra o Paraná. Abel Braga teve certeza de que não precisa atropelar as etapas do tratamento do seu principal jogador. O rendimento do reserva foi tão bom que o goleador ganhou mais uma semana para estar inteiro na partida de volta. A lesão justo na final contraria a boa forma de Alex nesta temporada. Ele havia, depois de quatro anos no Beira-Rio, quebrado a série de problemas médicos variados e conseguido engatar uma série de jogos.
A fase era tão positiva que virou o principal nome do Inter na temporada e cogita-se de que deverá deixar o Beira-Rio por ceerca de 4 milhões de euros. Ele mesmo admite que a cura das repetidas lesões (nos tornozelos, joelhos, púbis e até hérnia inguinal), basicamente através de fisioterapia e reforço muscular, e o posicionamento mais à frente foram fundamentais
para o novo momento.
Segundo o técnico do Inter, o meia é hoje o principal jogador do Brasil.
Apesar de exaltar a boa fase, o Alex lamenta que as mais diversas lesões tenham feito com que perdesse praticamente duas temporadas no Beira-Rio. Foi como se a carreira no Inter só tivesse começado em 2006.
— Poderia ter deslanchado antes, não fossem as repetidas lesões. Mas agora vivo um novo momento, pensando em seguir conquistando títulos pelo Inter e sonhando com a Seleção Brasileira — diz, omitindo um futuro bem próximo na Europa.
Alex guarda para a partida do Beira-Rio uma grande mágoa da atual temporada: as duas derrotas para o Juventude. O 1 a 0 no Beira-Rio e a goleada de 3 a 0 no Centenário ainda o machucam. E é um sentimento de orgulho ferido que moverá o Inter na final, garante Alex:
— Não é somente uma questão de rivalidade entre clubes e jogadores, mas, sim, uma questão de honra para os colorados. A grandeza do Inter não permite mais derrotas
para o Juventude. Foram dois jogos que nos
trouxeram grande amargura e, agora, estamos recebendo esta segunda chance.
Alex lamenta que as mais diversas lesões tenham feito com que perdesse praticamente duas temporadas no Beira-Rio
Foto:
Ronaldo Bernardi