| 21/04/2008 07h57min
Jonas não é ídolo da torcida. Chegou a ser o oposto disso em certo momento do ano passado. Mas foi o seu ingresso no time que mudou tudo. Com Jonas, o Inter garantiu vaga na final do Gauchão vencendo ontem o Caxias por 2 a 1, no Beira-Rio. Com Jonas, o Inter voltou a jogar bem, com direito a atuação de luxo no primeiro tempo. E, por fim, com Jonas o Inter retomou a esperança de fazer três gols de diferença sobre o Paraná, quarta-feira, e seguir na Copa do Brasil.
Jonas é o novo Falcão? Claro que não, obviamente. O mérito de Jonas foi apenas ser do lugar. Depois que perdeu todos os jogadores que exercem a primeira função do meio-campo — Edinho e Maycon com hepatite, e Wellington Monteiro, com entorse no tornozelo direito — , esta foi a primeira vez
que o técnico Abel Braga teve alguém da função para
escalar. Em Caxias e Curitiba, o próprio Jonas não pôde jogar, acometido de dores no púbis. Ontem, por causa dele, as estrelas que se apagaram na derrota para o Paraná voltaram a brilhar.
Guiñazu e Magrão ganharam liberdade para avançar. Se aliaram a Alex e Fernandão. Assim, o quarteto se adonou do meio-campo, deixando apenas Nilmar como atacante fixo. Os dois gols de Alex são prova disso. No primeiro, aos 19 minutos do primeiro tempo, Magrão lançou Guiñazu de calcanhar, na ponta-esquerda. Guinazu cruzou e Alex, sem deixar a bola cair, marcou um golaço de perna esquerda. Mais tarde, aos 27, Alex tabelou com Fernandão e ampliou.O Caxias diminuiu a 33 com Flávio Guilherme, mas não teve força para virar. E o reserva Jonas terminou sendo decisivo não pelo que fez, mas pelo que propiciou aos outros fazerem.