| 14/04/2008 18h05min
Embora o Comitê Olímpico Internacional (COI), juntamente com o governo chinês, esteja tomando medidas para diminuir a poluição existente em Pequim, o tema ainda é uma preocupação para os atletas que competirão as Olimpíadas e para médicos.
Beny Schmidt, professor do Departamento de Patologia da Universidade do Estado de São Paulo (Unifesp), acredita que a escolha da capital da China para sediar os Jogos é uma irresponsabilidade.
– Vão colocar milhares de atletas praticando esporte de alto desempenho em uma cidade onde parte da população normalmente usa máscaras para andar nas ruas – disse.
Com o ar praticamente duas vezes mais poluído que o de São Paulo em horários de pico, competir em Pequim pode causar sérios problemas à saúde.
– As conseqüências de se praticar esporte de alto rendimento em espaços poluídos podem ser extremamente graves, incluindo-se, entre elas, o risco de morte súbita – afirma Schmidt.
Segundo o médico, o risco torna-se maior aos para-atletas, na medida em que alguns têm a capacidade cárdiorrespiratória naturalmente reduzida.
A China, entretanto, vem fazendo o que pode. A Secretaria de Proteção Ambiental de Pequim anunciou, nesta segunda-feira, que fábricas e indústrias serão fechadas de 20 de julho a 20 de setembro, para os níveis de poluição no ar diminuir. Além disso, será limitado o número de veículos que poderão circular pelas ruas da capital.
GAZETA PRESS