| 02/04/2008 22h51min
Com 50 dias de atraso, a Comissão de Arbitragem da CBF orientou árbitros a coibir comemorações de gols provocativas à torcida adversária. Entre elas, a "dança do créu', fenômeno mais recente nas celebrações de artilheiros.
A entidade coloca em prática uma determinação da Fifa, incluída nas recomendações a árbitros da entidade, de vetar festejos com provocações. "Um jogador deve receber amarelo se, na opinião do árbitro, fizer gestos que são provocativos, para ridicularizar ou inflamar." Esse é o texto da entidade sobre a conduta de árbitro em festejos de gols.
Apesar disso, a CBF nada fez desde que a "dança do créu" foi feita pela primeira vez no dia 1º de fevereiro, pelo meia Thiago Neves, do Fluminense. Na ocasião, ele se direcionou para a torcida do Flamengo, a quem seu time goleou.
No final de semana, a comemoração dos jogadores do Avaí provocou confusão no clássico contra o Figueirense, pelo Campeonato Catarinense. Após marcar o segundo gol do Avaí, o atacante Bebeto fez sinal de silêncio para a torcida do Figueirense e depois, de costas, mostrou a camisa do Leão para a arquibancada rival. Além disso, o meia Marquinhos fez a "dança do créu" dentro do Scarpelli, acirrando ainda mais os ânimos. A provocação causou uma briga entre os jogadores das duas equipes.
— A dança já está na televisão, no mundo musical de uma maneira democrática, mas não pode ir ao adversário ou à torcida adversária de modo que possa provocar um problema como ocorreu em Florianópolis — explicou o presidente da comissão da CBF, Sérgio Corrêa.
Corrêa disse que a orientação não se refere especificamente à "dança do créu", mas a toda e qualquer comemoração provocativa — como usar o dedo para pedir silêncio. Para ele, os árbitros devem ficar atentos e punir, se for o caso, com cartão amarelo.
Matéria atualizada às 14h53min.
DIÁRIO CATARINENSE
Jogadores do Avaí utilizaram a "dança do créu" para comemorar vitória do clássico
Foto:
Hermínio Nunes