| 01/04/2008 19h42min
Mais novo representante brasileiro na Fórmula-1, Nelsinho Piquet admitiu que está enfrentando mais dificuldades do que imaginava na categoria. Depois de uma péssima estréia, com abandono do GP da Austrália, ele completou a prova da Malásia na 11ª colocação.
Blindado pela assessoria de imprensa da Renault, Nelsinho deixou os dois circuitos sem conversar com jornalistas – todas declarações depois das disputas foram distribuídas pela própria escuderia francesa. Uma exceção, porém, houve com o diário espanhol El Mundo que conseguiu uma entrevista exclusiva com o brasileiro.
– No ano passado segui a equipe de perto e graças à minha tradição familiar, fui criado em uma atmosfera de corridas. No entanto, a Fórmula-1 é mais dura do que eu imaginava –reconhece o novato. – Sobretudo o ritmo do final de semana. Tudo é muito rápido e você quase não se dá conta, mas não pode falhar. Treinos, classificação, compromissos com a imprensa, corrida e você tem que ser perfeito sempre – desabafa Nelsinho.
Apesar de admitir que seus resultados até o momento poderiam ser melhores, Piquet garante que gosta de estar sob pressão.
– Só sinto a responsabilidade de fazer o melhor possível. Estar aqui é o ponto alto de um processo de aprendizagem. É fantástico, estou muito contente e tratarei de fazer a diferença – assegura.
Otimista no desenvolvimento da Renault ao longo da temporada, o brasileiro também ressaltou o bom relacionamento com Fernando Alonso.
– Ele está se portando muito bem comigo. Nos circuitos, ele me diz como encarar algumas curvas ou me avisa dos problemas na pista. Está sendo um grande companheiro – elogia.
GAZETA PRESS