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 | 27/03/2008 10h38min

Seletiva brasileira de hipismo começa em São Paulo

Evento que inicia nesta quinta vai ajudar a definir conjuntos brasileiros que irão a Pequim

Começa nesta quinta-feira a corrida por uma vaga na equipe brasileira de salto para os Jogos Olímpicos de Pequim. A Sociedade Hípica Paulista recebe a primeira seletiva olímpica, que será realizada juntamente com o Concurso de Salto Nacional. O evento vai até domingo.

Somente os cavaleiros que formalizaram inscrição até a última sexta são elegíveis para concorrer às duas vagas em disputa nos classificatórios. Nenhum outro conjunto pode entrar no processo que terá outra etapa no Campeonato Brasileiro Sênior Top, de 16 a 20 de abril, no Complexo de Deodoro, no Rio de Janeiro.

– São 24 inscritos em São Paulo e mais seis ou sete na Europa – explicou o diretor de salto da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Marcelo Artiaga.

A CBH dividiu o processo seletivo para Pequim em três fases. A primeira foi a pré-convocação de toda a equipe campeã pan-americana (Rodrigo Pessoa/Rufus, Bernardo Alves/Chupa Chup, Pedro Veniss/Blanc des Biancs, César Almeida/Singular Joter e Karina Johannpeter/O de Pomme), que garantiu a vaga olímpica, diretamente para a fase final de avaliação, na Europa.

A este quinteto vão se somar os dois conjuntos classificados na etapa nacional e outros três a serem selecionados em eventos nos Estados Unidos e na Itália. Os 10 conjuntos, aos quais podem se somar ainda outros dois e três segundas montarias por indicação da CBH para totalizar o número máximo de inscrições permitidas pelo regulamento, cumprirão uma última fase avaliativa, competindo na Europa antes do anúncio da seleção olímpica.

Ao contrário do que foi feito para os Jogos Pan-Americanos do Rio, a CBH não adotou índice técnico para definir os classificados. No ano passado, a adoção da medida após o critério seletivo ter sido divulgado levou alguns cavaleiros a pleitearem na Justiça uma vaga na equipe.

– Na hora da inclusão ninguém reclamou mas, infelizmente, depois, alguns que não conseguiram o índice técnico foram à Justiça. Perderam na pista e quiseram ganhar no tapete. Mas a Justiça deu ganho de causa à CBH – comentou o dirigente.

Apesar de não estar ligada diretamente ao resultado em um torneio (com o campeão brasileiro, por exemplo, sendo automaticamente convocado), a inclusão na lista exige que o conjunto não tenha sido desclassificado no Brasileiro.

– Para o Pan, o critério era objetivo. Para as Olimpíadas o critério de escolha é subjetivo. Vamos avaliar o desempenho dos conjuntos na competição, comparar e decidir. Como faz um técnico de futebol.

Os confirmados na lista de pré-convocados terão seus resultados em treinos e competições entre maio e julho reavaliados e somente então será feita a convocação final. Com seletivas no Brasil, Estados Unidos e Europa, a CBH pretende ampliar ao máximo as chances de classificação para os interessados.

– Não é para agradar a ninguém. É questão de dar oportunidade para todos. Nosso compromisso é com o sucesso. Queremos a equipe mais forte para tentar mais uma medalha olímpica – encerrou Artiaga.

GAZETA PRESS
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