| 26/03/2008 21h13min
Os primeiros jornalistas a entrar no Tibete desde o início dos conflitos na região chegaram à capital Lhasa nesta quarta-feira. Para mostrar que a situação está normal na província, representantes do governo da China circularam de ônibus com os 26 correspondentes internacionais por áreas da cidade, em um tour que foi considerado bastante restrito pelos profissionais de imprensa.
Entenda a revolta do Tibete contra a China
O grupo percorreu 65 quilômetros em uma hora e meia. Houve protestos dos jornalistas diante da lentidão do tour. No caminho, passaram por três postos policiais. Os repórteres foram levados à Praça Potala, abaixo do Palácio Potala, residência oficial dos líderes tibetanos, que reabriu hoje, depois de ter sido fechada em 14 de março.
Lianhe Zaobao, uma repórter de Cingapura, conseguiu falar com
dois tibetanos na praça. Eles disseram que a segurança estava intensa, eram freqüentemente parados para checagens e não estavam autorizados a se mover por toda a cidade. À noite, os jornalistas não foram proibidos de deixar o hotel, mas acabaram desencorajados por funcionários do governo, que alegaram questões de segurança.
A permissão para a visita ocorreu após muita pressão de outros países, a cinco meses da Olimpíada de Pequim. O governo chinês garante que 22 pessoas morreram em Lhasa. Já os tibetanos falam em até 140 mortos.
Grupo percorreu 65 quilômetros em uma hora e meia: houve protestos dos profissionais diante da lentidão do tour
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AP