| 25/03/2008 15h12min
No que depender do apoio da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Gustavo Kuerten tem tudo para encerrar a carreira disputando mais uma Olimpíada. Na última segunda-feira, durante o anúncio da equipe brasileira para a Copa Davis contra a Colômbia, o presidente da entidade, o catarinense Jorge Lacerda da Rosa, afirmou que apoiaria o desejo do jogador.
A classificação para as Olimpíadas é obtida pelo posicionamento do atleta no ranking internacional até 9 de junho. Sem ranking, Guga só pode aspirar a uma vaga olímpica por convite. E para que o processo até a confirmação de seu nome comece, ele precisa apresentar um pedido formal à Confederação.
— Oficialmente não houve este requerimento — afirmou Lacerda.
Para garantir a representatividade de todos os continentes no evento, o torneio olímpico destina oito vagas para convidados.
— Seis são regionalizados. Então, qual seria a opção? Ou o da região da América do Sul ou um dos outros dois convites internacionais — explicou o dirigente.
Acompanhando o interesse do jogador apenas pela mídia, Lacerda diz que faria o possível para realizar o desejo do ex-número 1 do mundo.
— Não foi feito nenhum requerimento e a Confederação vai ficar nesta expectativa. Se tiver realmente um pedido formal do Guga, ou de outro jogador que a gente ache que tem condição de estar nas Olimpíadas, a gente vai trabalhar para que esteja lá — completou.
O apoio simples da CBT, contudo, não é garantia para Guga. Feito o pedido, a solicitação precisa passar pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pela Federação Internacional (ITF). Somente após o aval destas três esferas o nome é confirmado.
Guga já participou de duas edições olímpicas. Em Sydney-2000 desembarcou ocupando o topo do ranking, mas parou nas quartas-de-final, superado pelo russo Yevgeny Kafelnikov. Em Atenas-2004 caiu logo na estréia contra o chileno Nicolas Massú, que terminou vencendo o torneio.
GAZETA PRESS