| 22/02/2008 14h11min
Medalhista de bronze no Mundial de 1995, a experiente Danielle Zangrando terá que encarar, a partir deste sábado, um dos maiores desafios da sua carreira. Isso porque ela corre um sério risco de perder sua vaga nas Olimpíadas de Pequim por conta do bom desempenho da novata Ketleyn Quadros na primeira parte da seletiva verde-amarela para a competição.
A peso leve de Brasília foi um dos poucos destaques positivos até agora da campanha nacional na Europa. Na Supercopa do Mundo de Paris, um dos torneios mais fortes do planeta, ela foi a quinta colocada, após bater ninguém menos que a campeã olímpica Yvonne Boenisch, da Alemanha. Em seguida, na etapa de Budapeste da Copa do Mundo, ela foi nona colocada.
De acordo com as regras da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), cada um dos membros da seleção brasileira (exceto João Derly e Érika Miranda, que garantiram a vaga por conta de resultados de 2007) tem dois torneios na Europa para mostrar seu trabalho e assegurar à comissão-técnica que tem mais condições que seu rival imediato para representar o Brasil em Pequim.
Isso significa que Zangrando agora terá a missão de pelo menos igualar os bons resultados de Quadros na Europa. Mas, apesar do risco, ela garante estar tranqüila.
– Vou com uma certa pressão e sei que não vai ser fácil. Mas eu estou motivada. Todo atleta tem seus sacrifícios e eu estou disposta a encarar o desafio de conquistar a vaga para Pequim – garante a atleta, campeã pan-americana no Rio de Janeiro em 2007.
Apesar de não reclamar dos critérios de seleção da CBJ, ela não esconde uma ponta de insatisfação com o sistema adotado para a definição das vagas.
– É justo por um lado, mas injusto por outro, porque em 2007 eu fiz toda a pontuação que garantiu o Brasil nas Olimpíadas e agora corro o risco de não ir – comenta a judoca.
GAZETA PRESS