| 20/02/2008 03h54min
Nestes primeiros dias no Olímpico, Celso Roth usa da conversa para organizar o time e cativar o grupo. Nesta terça-feira, ele falou antes, durante e depois do treino da manhã. Reuniu o grupo e, com todos sentados ao seu redor no gramado, deu dicas e repassou suas idéias de futebol.
A terapia de grupo havia começado na véspera. No vestiário, deu um recado rápido para todos antes de ir para o campo. Lá, a consulta foi individual. Puxou um a um os jogadores para um canto e perguntou-lhes sobre preferência de posição. Alguns foram questionados se contribuiriam como polivalentes.
O assunto terapia desagrada Roth. Ele se irritou ao ser perguntado se havia se submetido a dois anos de sessões para melhorar o relacionamento com as pessoas. Segunda-feira, repetiu com ênfase a palavra "mentira" ao abordar o tema. Mas, nesta largada no Olímpico, ele faz o papel de terapeuta — e não de paciente. Principalmente com os jovens — maioria no grupo.
Para se entrosar
com os jogadores, Roth surpreendeu
àqueles que esperavam um técnico carrancudo e contou piadas para "quebrar o gelo". Os jogadores aprovam o estilo light do novo chefe e se dizem surpresos:
— O Celso Roth cobra muito nos treinos. Mas no vestiário é um cara engraçado. Ele contou piadas para nós. Piadas engraçadas até. Acho que é uma forma que encontrou para conquistar o grupo mais rápido — disse Maylson, novo titular do time.
Em campo, porém, o técnico foi exigente. Cobrou, aos gritos, marcação dos atacantes na saída de bola. Usou palavrões a cada erro. Mas recompensou com elogios nos lances acertados.
Nesta terça-feira, Roth conversou com o grupo antes, durante e depois do treino da manhã
Foto:
Ricardo Duarte