| 14/02/2008 13h54min
Piloto de testes da McLaren, Pedro de la Rosa novamente falou sobre sua relação com o ex-companheiro de equipe e compatriota Fernando Alonso. Em entrevista à emissora de rádio espanhola Onda Cero, o piloto explicou que tem cautela na relação com o bicampeão mundial.
– Com Alonso, quando nos encontramos, conversamos, mas sempre vamos com um escudo. E, ainda mais com a fama de espião que tenho, aprendi a me calar – disse De la Rosa, indicando que ambos tentam se proteger das mais variadas especulações.
Perguntado sobre a tumultuada saída de Alonso da escuderia inglesa, o piloto de testes elogiou o compatriota, mas faz questão de colocar confiança nos atuais colegas de McLaren.
– Contar com um campeão do mundo e com um piloto como Alonso sempre é positivo, porém ele já não está e não vai estar. Não vale mais olhar para trás – salientou.
– Meus pilotos são (Heikki) Kovalainen, (Lewis) Hamilton e eu mesmo. O único que me preocupa, e espero que todos entendam, é que as duas McLaren ocupem os dois primeiros lugares – garantiu.
De la Rosa admitiu ainda a tristeza quando soube que não seria promovido a piloto titular da equipe, em prol do finlandês, recém-chegado da Renault.
– Foi uma decepção não ser o escolhido, mas devo olhar para frente e tenho 36 anos, enquanto a moda é buscar o novo Michael Schumacher de 20 – reconheceu.
No final da temporada 2006, De la Rosa também esperava ser titular. Na época preterido, ele revelou que só seguiria na McLaren porque teria a chance de conviver com seu compatriota Alonso.
– De todo modo, sou positivo e penso que se em duas das últimas três temporadas acabei correndo, porque não vai ocorrer de novo neste ano? Tenho que me preparar da mesma maneira porque se chegar o dia em que disserem para eu subir (para os titulares), devo estar ao máximo – adicionou o catalão.
Ofensas racistas superadas: De la Rosa não teve como fugir das perguntas sobre os insultos procedentes das arquibancadas que Hamilton recebeu nos testes da última semana, no Circuito da Catalunha.
– O mais importante é a resposta dos torcedores. Esta é a melhor resposta e a melhor forma de encerrar toda a polêmica, com educação e demonstrando que anormal foi o que houve em Barcelona – salientou.
– As pessoas se comportaram como sempre fizeram. Ontem (quarta), escutei gritos oriundos dos torcedores espanhóis de incentivo a Hamilton. Portanto, há de se fechar o livro e virar a página – finalizou, em referência aos treinos que estão sendo realizados também na Espanha, em Jerez de la Frontera.
GAZETA PRESS