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 | 12/01/2008 03h46min

Maradona revolta grupo judaico argentino

Vítimas de atentado ocorrido em 1994 desaprovaram presente dado ao presidente do Irã

Os parentes de vítimas do atentado contra uma associação judaica de Buenos Aires, em 1994, estão indignados com Diego Maradona por ele ter dado uma camisa da seleção argentina ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, segundo informações do site G1.

— É uma vergonha e é degradante — ressalta Sergio Burstein, diretor do grupo Parentes e Amigos das Vítimas do Atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina).

O ataque causou 85 mortes e é atribuído a terroristas islâmicos ajudados pelo governo do Irã.

—Ver o presidente do Irã com essa camisa realmente causa uma dor profunda. É uma ofensa — acrescenta Burstein em declarações à Agência Judaica de Notícias (AJN), de Buenos Aires.

Maradona há poucos dias rebateu as críticas recebidas da coletividade judaica da Argentina, a segunda maior da América depois da que vive nos Estados Unidos, por ter expressado o desejo de conhecer Ahmadinejad. Ele disse que nunca se mete em política.

— Maradona não pode dizer que não faz política: isto é política. Ele não quer entender ou não liga, mas nós ligamos, porque na Argentina houve mais de cem mortes por causa do terrorismo. As mãos de quem recebeu a camisa de Maradona estão manchadas de sangue — expressa Burstein.

Ele acusa Ahmadinejad de proteger há tempos ex-funcionários do Governo iraniano cuja captura foi pedida pela Justiça argentina. Eles são procurados por suposta cumplicidade com o grupo terrorista que cometeu o atentado de 1994.

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