| 12/12/2007 14h01min
O técnico da equipe brasileira, Bernardinho, garantiu que o motivo pelo qual cortou Ricardinho às vésperas do Pan-Americano foi a indisciplina do levantador. Em entrevista ao programa Redação SporTV, o treinador explicou que o jogador atrapalhava o grupo por conta de atos que iriam contra os valores do time.
– Ele tomou algumas atitudes não condizentes com um jogador de seleção brasileira durante o Mundial de 2006. Foi tudo uma questão de comportamento – afirmou o técnico.
A polêmica sobre Ricardinho voltou à tona após as declarações da esposa do jogador, que teria dito que ele não atuaria mais pela seleção. No entanto, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", Fabiane Panza afirmou ter sido mal-interpretada e garantiu que o atleta não sabe se voltará ou não ao grupo. Bernardinho, por sua vez, lembrou que continua à espera de um sinal do levantador.
– Houve uma série de questões que continuaram a acontecer e estavam prejudicando o nosso trabalho. É óbvio que não foi um fato isolado, eu jamais tomaria uma decisão dessa natureza assim. Disse a ele, no dia da reunião (na qual o técnico anunciou o corte), que refletisse sobre tudo. Acho que ele está refletindo, mas não há, até agora, um gesto de reconciliação – disse Bernardinho.
Técnico nega desentendimento por premiação
O treinador da seleção brasileira também fez questão de assegurar que a saída de Ricardinho da
equipe não esteve relacionada com discussões sobre a premiação do
Pan-Americano, como chegou a ser divulgado por parte da imprensa.
– É absolutamente descabida a informação de que isso tudo aconteceu por causa das premiações do Pan-Americano. O caso foi debatido e só os jogadores foram premiados, e não a comissão técnica. Foi muito mais por causa de valores e de posturas inadequadas.
Apesar de reconhecer que o levantador faz falta à equipe, Bernardinho deixou claro que, enquanto não tiver uma postura diferente, Ricardinho continuará fora da seleção.
– Ele faz falta em qualquer time do mundo, mas, tanto ele como eu somos substituíveis, todos nós passaremos. O mais importante é que os princípios que nos norteiam não sejam transgredidos.