| 10/12/2007 05h25min
Não poderia ser diferente. Era um jogo festivo e inaugural e além disso um pouco antes das festas de fim de ano. Seria impossível um jogo propriamente dito, foi um arremedo disso ganhar os craques do Brasileirão. E nem se pôde ver Alexandre Pato que, afinal, era de quem mais se poderia esperar ao menos alguns solos. Mas nem isso. Pato foi discreto, desanimado e se não desse entrevista para o Sportv no fim do jogo se poderia suspeitar que tivesse saído antes de campo.
Mas não se faça isso Pato não foi a única vítima da tarde quente do Rio. Ressabiadamente, o torcedor carioca não compareceu ao bonito João Havelange. Era um pouco mais de meia dúzia à sombra.
Também não há muito o que aprender com um jogo semifestivo. A resposta de quase todos foi razoável, ninguém jogou muito mais e qualquer avaliação, por isso mesmo, tem o imenso prejuízo da amostragem indevida.
A seleção olímpica tem muito tempo para treinar e se ajustar. São todos jogadores com menos
de 23 anos, muitos que ninguém
conhecia. É preciso dar tempo e esperar pela resposta do treino, da repetição, da insistência e da lenta seleção dos mais aptos que deve ser feita.
O jogo de ontem, com todas essas ressalvas, absolve Alexandre Pato: ele, de fato, não pode resolver sozinho. Talvez ele merecesse essa ressalva.
Mancini
A primeira entrevista de Vagner Mancini como técnico do Grêmio, ontem, feita pelo Luís Henrique Benfica, pelo telefone de Paris, onde ele cumpre com a família, mulher e três filhos, a primeira etapa de saída dos Emirados Árabes, teve bom senso e um bom reconhecimento prévio de terreno. Não vai indicar goleiro antes de saber como estão os goleiros do Grêmio, os jovens, talvez não Saja, o breve elogio a Júnior foi tático, o reconhecimento da qualidade de Flávio Teixeira foi correta, e a mais não deveria avançar porque nem o Grêmio avança.
A referencia ao time pronto, que deve facilitar o seu trabalho inicial, também foi
prudente. No primeiro teste com referencia as suas
primeiras opiniões, Vagner Mancini foi aprovado. Ainda mais com a correção que fez a dois ex-jogadores que simplificaram muito a sua visão de futebol.
2008
A gororoba do Corinthians vai ser, por certo, o centro da nossa discussão do Bem, Amigos desta noite em São Paulo. O representante do futebol do clube, o ex-jogador Antônio Carlos foi responder as perguntas e não se duvide que não seja capaz de fazer uma afirmação otimista em relação ao trabalho de Mano Menezes e a infinita capacidade de reafirmação da Fiel. Não vai se espremer, mas melhor oportunidade para saber como será o futebol brasileiro em 2008 não tem.