O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, garantiu nesta terça a segurança dos estádios que sediarão jogos do Gauchão 2008. Dois dias após a tragédia da Fonte Nova, que resultou na morte de sete torcedores em Salvador, o dirigente explicou que os locais ainda são vistoriados pela Brigada Militar e pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, ele elogiou as sedes dos clubes da primeira divisão estadual.

– Os clubes gaúchos procuram fazer uma manutenção. Os estádios podem não ser uma Arena, um Maracanã, mas estão bem cuidados, com arquibancada pintada. Quando o Grêmio jogou contra o Santa Cruz-PE, eu estive no Arrudão (em Recife) e fiquei apavorado com o que eu econtrei. Arquibancadas sem pintura, um verdadeiro lixo. Isso você não encontra no Rio Grande do Sul – declarou o dirigente.

Ao explicar o que é preciso para a autorização de uma sede, o dirigente contou que foi pessoalmente vistoriar os locais do Inter-SM e o Sapucaiense. As duas equipes subiram neste ano para a Série A.

– A Federação tem um departamento que faz vistorias. É uma espécie de uma triagem, para que depois entre a Brigada e o Corpo de Bombeiros para dar a palavra final. Não foi feito ainda, normalmente é feito em meados de dezembro. Mas os dois clubes que subiram para a primeira divisão, eu me encarreguei de visitar os dois estádios e dar meu parecer.

Inter-SM: projetos para resolver problemas

O dirigente confirmou problemas no Estádio Presidente Vargas, sede do Inter-SM. Segundo ele, falta tela para separar a torcida do campo, acesso às arquibancadas, além do gramado estar em más condições. Porém, ele garantiu que a equipe de Santa Maria, que conta com uma nova diretoria, já trabalha para resolver os problemas.

– Eles vieram a Porto Alegre e me mostraram todos os projetos, inclusive já o início da retirada daquele gramado para pôr outro novo. Tudo o que eu detectei que estava mal, eles assumiram e já estão providenciando.

Sapucaiense: parceria com Aimoré

Novelletto conta que vetou o Arthur Mesquita Dias, em Sapucaia do Sul, sede do Sapucaiense. Para ele, não havia condições de serem realizados jogos pela Série A naquele estádio, que já apresentava problemas em jogos da segunda divisão. A solução foi uma parceria para utilizar o Cristo Rei, em São Leopoldo, sede do Aimoré.

– Um Grêmio x Sapucaiense (no Cristo Rei) não teria as mínimas condições. Se eu aceitasse, poderia haver o problemas que aconteceram em Salvador – disse Noveletto.