| 20/11/2007 19h52min
Aos 25 anos, o meia Kaká já é um dos jogadores mais experientes no grupo do técnico Dunga na Seleção Brasileira. Artilheiro da equipe no torneio, ele garante que não se sente pressionado quando a torcida pede resultado ao grupo, e acha natural que seja ele um dos apontados como líder da equipe.
– Para mim está sendo uma novidade (a artilharia), já fui artilheiro da Liga dos Campeões, mas eu não sou atacante – lembrou o meia, autor de três dos seis gols da Seleção nas Eliminatórias. – Mas não me sinto sobrecarregado de forma alguma – garante.
Na opinião do astro do Milan, as condições de jogo que têm se apresentado para a equipe acabaram determinando a situação atual. Ele lembra que nem ele e nem os companheiros Ronaldinho e Elano têm característica de atacante.
– Mas nós temos nos revezado para encontrar espaços e fazer uma movimentação justa – disse.
Assim como o atacante Vagner Love, Kaká também acredita que os oponentes têm caprichado na marcação sobre o ataque brasileiro. Assim, ele faz a diferença com chutes de longa distância, como no lance do gol anotado por ele diante do Peru neste domingo.
– Os chutes de fora da área estão me ajudando a marcar – reconhece o jogador, que disputa a artilharia do torneio com o argentino Riquelme, que tem um a mais.
Considerando a experiência que tem na Seleção, Kaká não se surpreende com a condição de liderança que lhe atribuem. No entanto, ele ressalva que a equipe "tem muitos líderes".
– Assumo o papel de líder porque considero natural. Mesmo sendo o mais novo, me considero o mais experiente e mesmo não sendo capitão sou um dos líderes. Mas temos muitos líderes.
O meia volta a testar a liderança frente ao grupo às 21h45 desta quarta, no Morumbi. O Brasil enfrenta o Uruguai em seu último jogo neste ano pelas Eliminatórias da Copa de 2010. A equipe verde-amarela é a atual terceira colocada, com cinco pontos. A liderança pertence à Argentina, com nove.
GAZETA PRESS