| 10/11/2007 19h59min
Desde a última quarta-feira, dia seguinte à derrota para o CRB, que deixou o Criciúma com remotas chances de classificação para a Série A, uma pergunta não quer calar no Estádio Heriberto Hülse: o que aconteceu com o Tigre?
Afinal, a equipe liderou a Série B por 19 rodadas, mas fracassou na reta final com a segunda pior campanha do segundo turno, a frente apenas do rebaixado Ituano.
A ilusão criada pela campanha acima da média do primeiro turno (11 vitórias, quatro empates e quatro derrotas) é proporcional ao clima de frustração gerado pelos péssimos resultados no segundo turno (nove derrotas, três empates e três vitórias). O diretor-presidente Moacir Fernandes foi o primeiro a admitir os erros
– Infelizmente tivemos erros, e no futebol nem sempre se acerta. Já havia declarado que teríamos um segundo turno complicado – disse.
Para o zagueiro Claudio Luiz, o fato "primordial" para justificar a decadência do Tigre na competição
foi a saída do técnico Gelson Silva, após a
segunda rodada do returno.
– Nunca vi uma equipe líder da competição perder o treinador. O Gelson tinha nosso grupo na mão e nós sentimos a saída dele – atesta.
Experiente, o jogador criticou as contratações de alguns jogadores que estavam quatro meses parados e não deram a resposta imediata esperada. Dos nove reforços, apenas o volante Basílio se firmou como titular numa posição que já havia dois jogadores consagrados no primeiro turno (Elizeu e Luís André).
Para o atual técnico Luiz Gonzaga Milioli, a experiência negativa pode servir de lição para os próximos anos:
– Nos momentos bons a gente tem que cobrar mais. Outro fato que observo é a quantidade de atletas. Com um grande número de atletas é difícil controlar as vaidades no vestiário – afirma o técnico, que pega o exemplo do São Paulo, campeão brasileiro de 2007 com um grupo reduzido, mas qualificado.