| 09/11/2007 15h38min
A escuderia francesa Renault reconheceu hoje ter tido acesso a informações da McLaren através de um engenheiro que trocou a equipe inglesa pela francesa, mas não os utilizou para montar o carro para esta temporada. Em comunicado, a empresa disse que o engenheiro inglês Phil Mackereth chegou à Renault em setembro de 2006, trazendo com ele informações de propriedade da McLaren.
Com isso, a equipe responde à convocação da FIA para responder a um suposto caso de espionagem à McLaren.
– As informações fornecidas por Mackereth não foram utilizadas para influenciar na concepção do carro da Renault de forma alguma – afirmou a escuderia francesa.
A equipe vai depor ao Conselho Mundial da FIA no próximo dia 6 de dezembro, em Mônaco. A própria Renault assegurou ter iniciado uma investigação interna ao saber que o engenheiro tinha trazido dados de sua ex-equipe. Entre as informações trazidas por Mackereth estariam cópias de projetos de engenharia e informações técnicas, estas colocadas nos computadores da escuderia sem nenhuma autorização dos responsáveis da Renault.
Assim que soube do caso, a Renault suspendeu Mackereth de suas funções, informou a McLaren e à FIA e abriu uma investigação interna. Segundo a equipe francesa, o engenheiro falou sobre projetos sobre o depósito de combustível, caixa de câmbio, compensador de massas e um sistema de suspensão.
– Os engenheiros envolvidos afirmaram que, após terem visto rapidamente os desenhos, não usaram nenhuma dessas informações para inspirar a concepção do carro da Renault – afirmou a marca francesa.
A Renault disse que o compensador de massas "carecia de interesse" desde que foi proibido pela FIA, lembrando ainda que o sistema de suspensão da McLaren foi alvo de um "esclarecimento" por parte da Federação. A equipe assegurou ter colaborado com a McLaren e a FIA no caso, chegando a convidar um organismo independente eleito pela McLaren a fim de inspecionar seus sistemas de informática, carros e relatórios de concepção.
A denúncia da McLaren contra a Renault é o último caso de uma temporada marcada pelas investigações fora das pistas. Em 13 de setembro, a escuderia inglesa foi condenada por espionagem à Ferrari, também graças a um de seus engenheiros.
AGÊNCIA EFE